Graduação no Exterior – Um Treinamento para a Vida!

Muitos pais têm dúvidas sobre a decisão de ter um filho cursando uma faculdade no exterior. São vários os motivos para estar tranquilo quanto a essa ser uma decisão acertada! Além das instituições em países como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido contarem com uma infraestrutura e educação de primeira linha, há ainda o crescimento pessoal desse jovem durante os quatro anos de faculdade, que terá papel fundamental no desenvolvimento de habilidades interpessoais que serão importantes em sua futura trajetória, tanto profissional como pessoal.

Leia abaixo o relato de Eliane Buzzetto, mãe do Leonardo, que está indo para seu último ano na University of Minnesota – Twins Cities. Eliane analisa como foi o desenvolvimento de seu filho através dos anos e o impacto positivo na decisão dele de ir estudar nos Estados Unidos!


Graduação no Exterior – Um Treinamento para a Vida! Por Eliane Buzzetto

É muito comum para nós, pais e filhos, que estamos envolvidos com o assunto “graduação no exterior”, concentrarmos nossa atenção na qualidade da experiência acadêmica que será adquirida pelo estudante. Uma das poucas certezas que temos hoje, num mundo onde as relações de trabalho e os tipos de profissões evoluem constantemente, é o valor de uma boa formação acadêmica. Estudar numa universidade de ponta é um passo importante na construção de uma carreira sólida.

No entanto, minha experiência como mãe de um aluno universitário nos EUA, tem me mostrado que, para além da sua inquestionável desenvoltura acadêmica, meu filho adquiriu habilidades comportamentais que lhe serão úteis para o resto da vida. Acredito que as lições que ele tem aprendido fora da sala de aula sejam tão ou mais relevantes do que o seu  conhecimento acadêmico.

A partir do momento em que o estudante chega aos EUA para seu Freshman Year, ele se torna protagonista da sua própria vida! A distância do ambiente familiar lhe proporciona o espaço necessário para tomar suas próprias decisões e conviver com os resultados delas! No primeiro ano de curso o aluno já precisa exercitar a tomada de decisões no seu dia a dia, desde as coisas mais simples como: O que vou comer esta semana? Quando devo lavar roupa, fazer compras, etc.? Até as mais complexas como: Para quais matérias devo me matricular? Quanto tempo de estudo eu precisarei dedicar a cada uma delas? Fiquei doente, o que eu devo fazer agora? Enfim, serão muitos os erros e os acertos neste período, mas acima de tudo, será muito aprendizado! A necessidade de desenvolvimento das habilidades sociais também é muito importante no primeiro ano. É o momento em que o jovem precisa sair da sua zona de conforto emocional para buscar novas conexões de amizade, adaptar-se ao novo ambiente, dividir dormitório, administrar conflitos, conquistar seu espaço e respeitar o espaço do outro. As universidades americanas também estimulam o aluno a participar de grupos, clubs e fraternidades de interesse. Toda esta estrutura ajuda a desenvolver a capacidade de liderança, a criatividade, e a comunicação interpessoal do jovem.

Passado o primeiro Summer Break ( Férias de Verão ), chega o momento de iniciar o Sophomore Year!  Para muitos estudantes, o segundo ano da graduação é um momento de perspectivas mais realistas em relação ao curso, organização das tarefas diárias, etc. Também é o momento em que muitos decidem sair dos dormitórios universitários e alugar um apartamento ou casa com um grupo de amigos. Decisão superimportante que vai trazer grande aprendizado! Provavelmente será o primeiro contrato de locação que eles vão assinar na vida! Ler o contrato detalhadamente, visitar o imóvel, estudar sua localização, pesquisar preços e condições, buscar um fiador ou, preparar-se para fazer um depósito caução, enfim, são inúmeros os detalhes envolvidos neste processo! Percebi que para meu filho, ter de se envolver com todos estes detalhes foi cansativo e muitas vezes frustrante, mas foi também um aprendizado incrível! Foi bacana ver a satisfação dele quando o negócio foi fechado.

Outro grande aprendizado que normalmente ocorre no segundo ano da graduação no exterior é o primeiro trabalho remunerado! Na maioria das universidades norte-americanas existe a possibilidade do aluno internacional trabalhar, por no máximo 20 horas semanais, dentro do próprio campus! São oportunidades incríveis que o aluno tem para incrementar seu currículo com experiências de trabalho e ainda obter uma renda adicional (normalmente são pagos valores entre 8 a 10 dólares a hora). No caso do meu filho, ele teve oportunidade de trabalhar como secretário para a Diretoria de Admissões para Alunos Internacionais e, como auxiliar de pesquisa num laboratório de pesquisas em tratamento de água. Estas experiências foram marcantes para ele. O fato de trabalhar no campus desenvolve muitas competências no jovem estudante. Aprender a importância das relações entre trabalho e remuneração, ter a noção exata do que é urgente, priorizar tarefas, exercitar a formalidade na comunicação oral e escrita e finalmente, mas não menos importante, fazer sua declaração de rendimentos ao fisco americano como qualquer outro trabalhador!

Chegado o Junior Year (Terceiro Ano) a coisa fica ainda mais séria! É o momento em que o aluno lida, diariamente, com as matérias profissionalizantes do curso. Manter as notas elevadas (GPA) torna-se um desafio! Nesse momento o aluno terá uma noção exata da profissão que escolheu! Também é o momento de trabalhar num estágio profissional (Internship), realizado preferencialmente durante os três meses de férias de verão. A maioria das universidades realiza feiras para recrutamento de estagiários, as chamadas Career Fairs, nas quais estudantes e empresas são colocados em contato. Não preciso dizer que a concorrência por boas vagas é enorme, que é preciso muito mais do que boas notas para se destacar no processo de recrutamento, etc. Foi difícil acompanhar a frustração do meu filho nessa etapa. Foram muitas entrevistas, muitos currículos (resume) enviados, muitas cartas de apresentação (cover letters) e, muitos “nãos” recebidos! Finalmente ele foi escolhido para três oportunidades de estágio e acabou optando por uma vaga como estagiário de Engenharia Química num polo industrial químico em Houston, TX, a cerca de 2.000 km de distância de Minneapolis, onde ele estuda!

Esta experiência de estagiar em outro estado resultou num aprendizado tão valioso para vida do meu filho quanto o diploma que ele vai receber no final do curso! Ele precisou tratar os detalhes do trabalho e do deslocamento com seus empregadores, precisou sublocar o seu apartamento em Minneapolis, fazer a locação de um novo apartamento em Houston, providenciar a mudança para os três meses de estágio, comprar um carro em Houston para poder deslocar-se até o polo industrial, contratar seguro para o automóvel, fazer as contas fecharem no final do mês com seu salário de estagiário…, enfim, foram muitas emoções! Mas com que orgulho, eu pude observar meu filho de 21 anos lidando com todos estes assuntos com uma desenvoltura e uma maturidade incríveis! Sinto que tanto ele como nós, seus pais, estamos prontos e confiantes para enfrentar o Senior Year (Quarto e último ano da graduação)!

Nós nos orgulhamos do compromisso com que abraçamos este projeto familiar de enviar um filho para fazer graduação no exterior. Tudo o que ele está aprendendo dentro e fora da sala de aula está sendo muito útil. Confiamos nas suas competências técnicas, nas suas habilidades pessoais, éticas e comportamentais como instrumentos para uma vida pessoal e profissional bem-sucedida!

 

Feira de Universidades 2024

De estudante para estudante!

Conheça mais sobre as universidades no exterior com quem está vivendo essa experiência! Estudantes falarão sobre temas relacionados a universidade onde estão.

Início dia 08/04

19h00

Entrevista: Aproveitar as Oportunidades

Entrevista com Katia Allevato. Kátia é mãe do Felipe que recebeu um a excelente bolsa para estudar Ciências da Computação em Michigan State University. Ela irá nos contar como foi a jornada do seu filho ao se preparar para se candidatar para as universidades exterior. Contará sobre as oportunidades que Felipe tem aproveitado nestes primeiros anos dentro e fora da universidade. Falará como é experiência de ter um filho estudando no exterior, falará sobre o que mudou na vida dela e quais mudanças e desenvolvimento percebeu no filho.

18.04

19h00

Quer receber mais informações sobre Faculdade no Exterior?