Estudante brasileira na UCLA conta como é a sua experiência.

A experiência de uma brasileira na UCLA

A Califórnia é um dos lugares mais procurados dos Estados Unidos por estudantes internacionais. As praias, as cidades badaladas, o Vale do Silício, enfim, atrativos não faltam. Mas não é apenas o ambiente convidativo que interessa aos jovens estudantes.

Na Califórnia estão algumas das principais universidades dos Estados Unidos e do mundo, como é o caso da University of California Los Angeles. Portanto, estudar na UCLA é um sonho para muitos estudantes.

Segundo o ranking da Times Higher Education, 8 instituições da Califórnia estão entre as 100 melhores do mundo, número que supera o da maioria dos países. Similarmente, a UCLA é a 17ª colocada no ranking mundial da THE.

A UCLA é na verdade a universidade que mais recebe applications nos Estados Unidos. Em 2020, foram mais de 130.000. Além disso, do total dos cerca de 31.000 alunos na graduação, 16% são internacionais.

Casa de 14 vencedores do Prêmio Nobel, a UCLA tem como resultado centenas de centros de pesquisa e institutos entre os principais dos EUA em diversas áreas.

Na graduação, UCLA oferece mais de 125 majors e 90 minors. Em contrapartida, os cursos mais populares na UCLA são:

  • Biologia;
  • Economia de Negócios;
  • Ciências Políticas;
  • Psicologia;
  • Biopsicologia;
  • Economia.

Saiba como é a rotina de uma estudante brasileira que faz faculdade na UCLA e veja se faz sentido para o que você deseja da sua graduação no exterior.

Uma estudante brasileira na UCLA

Mas como é estudar na UCLA? A gente sabe que cada aluno é único. Cada um tem o seu background, a sua personalidade e seus próprios planos. Mas sempre vale a pena conhecer a experiência de quem está vivendo lá.

A paranaense de Londrina Renata Kobayashi, aluna Daqui pra Fora, está estudando na UCLA e contou pra nós como tem sido sua vida por lá.

A adaptação

“A UCLA tem o sistema de quarters, que divide o ano em fall, winter e spring. Cada um deles tem 10 semanas e estas semanas funcionam como um semestre, você tem que aprender tudo como se fosse matéria de um semestre.

É bem corrido, passou muito rápido pra mim. A última semana, quando acontecem as provas finais, chegou muito rápido.

Mas eu não esperava que a minha adaptação seria tão tranquila como foi. Eu achava que eu ia ter muita saudade dos meus pais, que ia estar muito sobrecarregada. No começo a gente fica mesmo, porque a UCLA é enorme, é a UC mais populosa do sistema.

Eu lembro que durante o orientation eu vi tanta coisa que fiquei super preocupada, achando que não ia conseguir acompanhar as aulas. Mas não foi bem assim.

Com relação a integração, não tive qualquer problema. Entre o final do meu orientation e o início das aulas eu tive uma semana livre aqui. Optei por fazer o stay through nesse período ao invés de ir para um hotel, por exemplo.

Você paga uma taxa de US 50,00 por mês para ficar direto na faculdade até as aulas começarem. Isso foi fundamental para mim e eu aconselho para aqueles que vierem para cá.

No orientation você já conhece algumas pessoas, naturalmente. No stay through”, eu conheci muito mais gente e aí você já cria seu círculo de amizades. Então, quando as aulas começaram eu já tinha meus amigos. Questão social, de amizades, foi bem tranquilo.”

As aulas

“Na UCLA você só pode fazer 19 units per quarter. No meu primeiro quarter, minha advisor falou para eu pegar três aulas e no seguinte, talvez, tentar quatro. Ela disse para eu não forçar no início.

Então eu escolhi English Composition (que é um requisito da UCLA), Ciência da Política (que eu estou amando) e História 12-B, que é sobre o neoliberalismo e como as políticas neoliberais influenciam nos países em desenvolvimento. Essa é uma aula bem complexa”

Desempenho

“No começo eu estava muito insegura. Eu pensava: na UCLA é todo mundo do mesmo nível, você tem que se esforçar muito.

Mas uma coisa que foi legal é que em todas as aulas eu tenho amigos. Em Ciências Políticas eu tenho uma amiga americana. A gente vai todo dia pra lecture juntas e a gente estudou para o mid-term juntas.

Passamos o final de semana estudando e a gente tirou um A. Eu fiquei bem feliz porque mostrou que é possível, que você recebe o que você dá e que valeu a pena nosso hard work.

A aula de História eu faço com duas brasileiras. Esse mid-term foi o mais desafiador para mim até agora. Eu tinha que entregar um research paper (pesquisa), de 5 a 7 páginas, explicando como as influências neoliberais e como as políticas do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial influenciam no desenvolvimento do South Globe.

O meu paper foi a comparação da Jamaica e do Brasil, focando em aspectos sociais e econômicos. Eu tive que pesquisar muito, varei a noite fazendo isso, lendo, por exemplo, TCC da FGV.

A gente tinha uma semana para fazer e não era só isso, tinham outros mid-terms. E eu fiquei muito feliz porque tirei um 89, mais do que eu esperava.”

Estrutura e ensino

“A UCLA é muito grande. Eu sou de Humanas, então fico no North Campus. Quase não frequento o South Campus porque são os prédios de Física, Matemática, Química… Mas os prédios de lá são também muito bonitos. Os de Humanas são os mais antigos.

O ensino é o mesmo estilo. Tem lectures (aulas expositivas), slide-shows, tem as discussões com os TAs (professores-assistentes). Eu tenho mais contato com os meus TAs que com os meus professores.

Pra mim foi um pouco mais complicado criar laços com os professores. Como a universidade é muito grande, eu demoro de 15 a 20 minutos andando para ir para a aula, e tenho que andar para almoçar e voltar, então tudo isso leva tempo.

A maioria das office-hours dos professores são espalhadas pelo campus, em prédios diferentes, e o meu horário ainda tem que bater com o do professor. Então é meio complicado. Por isso eu converso mais com meus TAs durante as discussions e as office-hours. Mas é muito bom também.

No caso de English Composition, tenho mais contato com o professor, porque a sala é pequena, 22 alunos. Mas nas lectures, que são classes bem maiores, é mais complicado.”

Extracurricular

“Em relação aos clubs e atividades extracurriculares, aqui tem inúmeras opções. Eu decidi entrar no da UNICEF, de trabalho voluntário, que eu estou gostando bastante.

Entrei para o de Business também, mas eu senti que ia ser demais, então deixei ele meio de lado.

Para compensar isso, me inscrevi no Alumni Mentorship, que é um programa novo na UCLA. Quando eu vi no meu e-mail a descrição, dizia que eu teria um ex-aluno que iria me ajudar com currículo, com entrevistas, que ia me dar dicas e conselhos. Pensei: por que não tentar no primeiro ano? Achei interessante. Então me inscrevi e a minha mentora me aceitou.

Essa mentora tem o mesmo major que eu pretendo fazer, que é Global Studies, e ela é manager na Fox Sports, o que me deixou muito animada. Ela me chamou para almoçar lá, me convidou para conhecer onde ela trabalha.

Nós almoçamos, e depois ela me chamou para dar uma volta pelos estúdios (a Fox é a única que não tem tour aberto ao público). Ela me falou sobre a experiência dela na UCLA, a gente combinou que vamos nos encontrar todo mês. Foi bem legal, fiquei muito feliz com isso.”

Vida social

“Aqui na UCLA tem muita coisa para fazer a todo momento. São os jogos de futebol, jogos de basquete, que são muito legais. Tem também os de hóquei. Eu tenho um amigo no time de hóquei e outro dia a gente foi lá no Staple Center, em downtown, ver ele jogar. Era contra a USC, nossa maior rival. Então foi super divertido. Eu nunca tinha assistido hóquei e adorei.

A greek life (organizações estudantis que têm aspectos que se assemelham às repúblicas do Brasil) é bem presente por aqui. Minha roommate e várias amigas minhas estão em sororities.

Eu vi que consome tempo, mas estou podendo ter uma ideia de como é e talvez no próximo ano eu queira participar também. Tenho amigos também nas fraternities.

Basicamente toda semana tem as festas nas frats, e lá a gente conhece muita gente. E como Los Angeles é muito grande, as atividades das frats acabam atraindo muita gente quer se divertir nas proximidades da universidade.”

Saudades de casa

“No meu caso, foi bem raro isso acontecer. É tanta coisa para fazer, tanta coisa para pensar, que eu acabei tendo saudades mesmo só duas vezes. E era domingo, claro, aquele dia que a gente está acostumado a ficar em família.

Lá em Londrina a gente é bem próximo e um ou dois domingos aqui eu acordei com saudades. Mas liguei para os meus pais, a gente conversou e ficou tudo bem.”

Dicas

“Estou muito disposta a ajudar os alunos da Daqui pra Fora que estiverem pensando em vir para UCLA. Sei o quanto vale ter informações e dicas. São tantas coisas que eu queria saber antes de chegar aqui, que eu quero ajudar com pro-tips que eu sei que podem ser bem importantes. Por isso, podem me procurar.”

Se quiser começar a planejar a sua faculdade no exterior, venha conversar com a gente para saber como podemos ajudar você a realizar esse sonho.

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