Estudantes fazendo atividades na mesma mesa com livros

Atividades extracurriculares de 4 brasileiros das Ivy Leagues

Nas universidades americanas, as notas são apenas uma parte do processo seletivo. No seu application, o aluno envia para as universidades seu histórico escolar com as médias que obteve nos últimos quatro anos da escola, as notas da prova de proficiência em inglês e de provas padronizadas (ACT e SAT), além das atividades extracurriculares realizadas.

As universidades americanas também buscam conhecer os candidatos além das suas notas. Querem saber quem ele é, quais as características mais marcantes da sua personalidade, querem conhecer suas preferências e suas principais habilidades.

Com todas essas informações, a comissão de admissão constrói o perfil pessoal do candidato, que vai ter papel fundamental na definição de quem será ou não aceito pela universidade e também de quem terá direito a bolsa de estudos.

Como entre os milhares de applications que as universidades recebem anualmente, as notas dos candidatos podem ser muito parecidas. Com isso, o perfil pessoal, que ainda inclui redações e cartas de recomendação, acaba tendo papel decisivo nas decisões das universidades.

 

Neste contexto, as atividades extracurriculares representam uma das etapas mais importantes da candidatura. Elas são um dos principais instrumentos que você tem para mostrar para a comissão de admissão quem você é e o que você já fez fora das salas de aula. 

Sobre as atividades extracurriculares

As atividades extracurriculares podem estar diretamente ligadas a um curso que você deseja fazer na universidade ou não. O mais importante é que elas estejam alinhadas com o restante do seu application.

Ou seja, devem ser atividades com as quais você tem afinidade e que tenham conexão com toda a sua trajetória (tanto a parte que já passou quanto a que ainda está por vir).

Portanto, não se dedique a algo que não tenha ligação com o seu perfil ou com a sua história só porque você acha que pode agradar os examinadores.

Também é fundamental mostrar para a universidade o seu papel em cada uma das atividades que você listou. Não basta participar. Você precisa mostrar como atuou, se teve papel de liderança, que diferença você fez em cada uma delas. Também é importante deixar claro o impacto de cada atividade na comunidade ou no lugar onde ela aconteceu.

A seguir, você vai conhecer algumas atividades extracurriculares desenvolvidas por alunos da Daqui pra Fora aprovados com bolsa de estudos em universidades que fazem parte da Ivy League (grupo composto por 8 das mais prestigiadas universidades americanas). 

 

Mayumi Liz de Andrade Miyazato – Dartmouth University

Durante o período da quarentena, Mayumi fundou e foi presidente da ECOarentena, uma organização que fomenta a capacitação para a sustentabilidade no Brasil. Lá ela realizou 63 chamadas de vídeo com mais de 1.500 participantes, criou 71 vídeos e engajou 236 membros. 

No 3o ano, Mayumi participou de um bootcamp no Peru voltado para inovação social, liderança, autoconhecimento, networking e storytelling. Lá dividiu experiências e conviveu com outros 30 jovens latino-americanos.

Na área de ciências e matemática, Mayumi participou no 2o ano do Ensino Médio de um programa de uma semana na Sakura High School, no Japão, onde obteve bolsa completa e teve aulas com laureados com o Nobel.

Lá ela pôde aprofundar seus conhecimentos sobre metodologias científicas e desenvolver sua compreensão em matemática e biotecnologia. 

Mayumi ainda participou de pesquisas na área de astronomia em um importante instituto da Baixada Santista e foi diretora de Educação do grêmio da sua escola, entre outras atividades.

 

Wesley Antônio Machado Andrade de Aguiar – Yale

Wesley estudou em uma escola militar em Manaus. Entre as atividades que enviou na sua candidatura para Yale, estava sua participação durante os últimos 4 anos da escola como comandante e representante de mais de 900 alunos em eventos militares, tendo sido reconhecido como referência em disciplina, comprometimento e ética.

Wesley foi também diretor e co-fundador de um website que promove estudos de alto nível na região norte do Brasil, que atingiu 28 países. No Site, ele coordenou mais de 50 posts e escreveu vários artigos relacionados às áreas de ciências e matemática. 

Nos 2o e 3o anos do Ensino Médio, Wesley esteve no Campeonato Nacional de Física como competidor e também como coordenador acadêmico. Ele coordenou durante um mês uma competição com 673 alunos de Ensino Médio, criou dois problemas com as respectivas  soluções e supervisionou o processo de avaliação e classificação do campeonato.

No 9o ano e no 1o ano do Médio, Wesley foi finalista na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, na USP. Lá ele desenvolveu um robô que ajudava pessoas com deficiência visual a andar em um prédio mapeado previamente e também publicou um artigo.  

No último ano do Ensino Médio, Wesley foi ainda medalha de bronze na Olimpíada Europeia de Física e membro da equipe brasileira na Olimpíada Latino-americana de Astronomia e Astronáutica. Antes disso, já havia conquistado duas vezes medalha de ouro na Olimpíada Nacional de Física. 

 

Carolina Barbosa Lindquist – Harvard

Moradora de Engenheiro Coelho, no interior de São Paulo, Carolina é CEO e fundadora da ONG Globalizando, que oferece aulas gratuitas de idiomas para mais de 1.200 jovens de baixa renda.

Na organização, durante todo o Ensino Médio, ela foi diretamente responsável pelo trabalho de mais de 80 voluntários em 8 departamentos, que trabalham com mais de 1.200 alunos. 

Carolina também fundou e presidiu a Girl Up na sua região, uma iniciativa da UN Foundation pela equidade de gênero. Na Girl Up, Carolina liderou movimentos, eventos e uma campanha nacional que impactou mais de 80 legisladores e propôs mais de 40 projetos de lei contra a pobreza menstrual.

No 3o ano do Ensino Médio, Carolina foi estagiária no Comitê de Reabertura das Escolas da Fundação Lemann. Neste período, ela fez pesquisa para a criação de uma política de aceleração de aprendizagem para atender mais de 50 distritos escolares. Estudou e comparou estratégias para reabrir escolas com segurança.

Carolina ainda foi a primeira brasileira selecionada entre 30 adolescentes para a Global Teen Leaders pela We Are Family Foundation.

Foi ainda a 1a colocada (0,05%) no Prudential Award For Social Innovators, tendo recebido 25 mil dólares para investir na sua organização.

Carolina também teve o 4o melhor projeto em Humanidades (top 3% entre 4 mil estudantes) na FEBRACE, principal feira de ciências do Brasil.

 

Ryan Alves Rocha – Dartmouth University

Ryan atuou como diretor na ONG Globalizando, que oferece aulas gratuitas de idiomas para mais de 1.200 jovens de baixa renda. Ele coordenou a seleção de mais de 2.300 inscritos e gerenciou o trabalho de dezenas de professores voluntários.

Como jovem deputado na Comissão de Direitos Humanos e das Minorias do Congresso Nacional, Ryan escreveu e apresentou 2 contas federais. Analisou a constitucionalidade, o mérito e o orçamento de várias leis.

Ryan foi trainee na Latin American Leadership Academy, ONG que se propõe a desenvolver os mais promissores jovens líderes da América Latina.

Ele co-fundou a equipe de webinars da instituição, comandou eventos online com mais de 12 mil visualizações e organizou programas de liderança com mais de 250 jovens de 9 países.

Ryan ainda atuou como embaixador do Mapa Educação, onde foi um dos 65 selecionados (entre mais de 2.000 candidatos). Lá ele pesquisou políticas públicas relacionadas à evasão escolar e teve contato com alguns dos mais influentes intelectuais e políticos do país. 

Para saber mais sobre tudo que envolve o processo seletivo para universidades no exterior, participe dos nossos eventos gratuitos, que trazem todas as informações. 

Mentoria em Grupo: Vestibulares & Applications

Fazer vestibulares no Brasil e em paralelo se candidatar para as universidades do exterior. Linha do tempo de preparação, o que fazer e quando fazer e fases do ano das candidaturas. Prioridades; Testes: SAT / ACT / AP Tests / TOEFL / IELTS-UKVI/ DELE / SIELE, Seleção das universidades; Valor das universidades e oportunidades de bolsas; Benefícios de se planejar; etc.

07/05

19h00

Mentoria em Grupo: Erros mais Comuns nas Redações e Cartas de Recomendação

Quantas Cartas de Recomendação são necessárias, para quais professores devo pedir? Posso/Devo enviar cartas extras? Redações: Exemplos de temas mais frequentes. Estrutura. Redações no Brasil Vs Essays. Erros mais comuns.

09.05

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