Prédio de uma universidade da Ivy League

O que é preciso para entrar em uma Ivy league?

Quem tem como objetivo estudar nas melhores universidades dos Estados Unidos e do mundo, certamente já se deparou com a expressão “Ivy League”.

Trata-se de um grupo de 8 universidades que estão entre as mais prestigiadas dos Estados Unidos:

  • Harvard (Massachusetts);
  • Yale (Connecticut);
  • Princeton (New Jersey);
  • Brown (Rhode Island);
  • Cornell (New York);
  • Columbia (New York);
  • UPENN (Philadelphia);
  • Dartmouth (New Hampshire).

O diploma de uma Ivy League é, sem dúvida, um diferencial na carreira profissional em qualquer lugar do mundo.

Apesar de ser referência em excelência acadêmica, a Ivy League tem origem nos esportes. Criada em 1954, a liga esportiva reunia as equipes destas 8 universidades, que naquele momento já estavam entre as mais bem conceituadas do país em ensino e pesquisa.

Tanto prestígio e excelência fazem com que estas instituições estejam entre as universidades mais seletivas do país. Ser aceito em uma Ivy League não é fácil, claro, mas é absolutamente possível.

A seguir, você vai saber o que é preciso para passar em uma destas universidades e estudar em uma das instituições mais renomadas do mundo. 

O processo seletivo nos Estados Unidos

As universidades americanas possuem um processo seletivo holístico, que não leva em conta apenas a nota de uma prova. Elas buscam conhecer o candidato além do seu perfil acadêmico, que, claro, é muito importante. 

Basicamente, as universidades procuram identificar os perfis acadêmicos e pessoais de cada aluno. A ideia é selecionar aqueles que estejam mais alinhados com o perfil da própria universidade.

Para compor estes perfis, os departamentos de admissão analisam vários requisitos exigidos no application:

  • Histórico escolar (notas do 9o ano do Ensino Fundamental a 3a série do Médio);
  • Notas dos testes (SAT/ ACT e exame de proficiência em inglês);
  • Redações (personal essays);
  • Atividades extracurriculares;
  • Cartas de recomendações.

Em alguns casos, ainda é feita uma entrevista com os candidatos.

Os dois primeiros itens (histórico escolar e notas dos testes) são importantes para definir o perfil acadêmico do candidato.

As atividades extracurriculares, os essays e as cartas de recomendação mostram mais as características pessoais. 

As exigências das Ivy league

Perfil acadêmico

Por serem algumas das universidades mais seletivas e competitivas do mundo, o ponto de partida para buscar uma vaga em uma delas é ter um perfil acadêmico excelente. Ou seja, apresentar tanto o histórico escolar quanto as notas nos testes no mais alto nível. 

Neste vídeo, a estudante Luiza Vilanova compartilha dicas importantes para conseguir uma vaga na Ivy League:

Mas o que significa isso? Primeiro, vale lembrar que o conjunto das notas do histórico escolar vão corresponder a um GPA (Grade Point Average), que é a média ponderada das suas notas na escola.

Ponderada, porque o resultado final leva em conta o número de aulas de cada matéria. Cada matéria tem seu peso, de acordo com o número de aulas que foram dadas. O maior GPA possível é 4.2.

Para entrar na competição e passar pelo filtro acadêmico, o comum é o candidato ter um GPA acima de 3.75. Existem algumas exceções, principalmente considerando o rigor acadêmico da escola do candidato.

Já que alguns casos mesmo com um GPA mais baixo o estudante é um dos melhores alunos da turma. Por isso, normalmente, candidatos aprovados em uma Ivy League estão no top 5% ou top 10% do ranking da turma no seu ano de formação.

Em 2022, por exemplo, 95% dos alunos aprovados em Yale estavam no top 10% da turma, e em Cornell, 82.9%. 

Em relação ao resultado dos testes, o padrão é que a nota do SAT seja acima de 1500 (o máximo é 1600 pontos) e a do ACT, a partir de 33 (o máximo é 36 pontos). Quanto ao TOEFL (teste de proficiência em inglês), são exigidos mais de 100 pontos (dos 120 possíveis).

Então se o candidato está no top 5% da turma, tem o SAT maior que 1500 e TOEFL superior a 100, indica que ele já está aprovado? Não!

Por serem extremamente competitivas, as Ivy League atraem os melhores estudantes do mundo inteiro. Então, estes números excelentes mantêm o candidato na competição, mas não garantem o ingresso.

Com eles, o candidato passa para a parte pessoal da seleção. Ou seja, as características pessoais são fundamentais e decisivas para diferenciar os candidatos. 

Perfil pessoal

O perfil pessoal se baseia principalmente nas atividades extracurriculares que o aluno fez, e nas redações (personal essays).

As atividades extracurriculares dizem muito sobre o candidato para os profissionais responsáveis pela admissão na universidade. Por meio delas eles conhecem seus maiores interesses, suas principais habilidades e suas realizações mais marcantes.

Vale criar e gerir projetos nos mais variados campos (desde que seja um do seu interesse, claro). Entre eles, oferecer cursos, escrever livros, fazer pesquisa, trabalho voluntário, atividades artísticas, esportivas, participar do grêmio estudantil, são alguns exemplos.

Mas não basta ter participado. O nível de comprometimento e de envolvimento na atividade é extremamente relevante na análise que é feita pelos profissionais.

Eles querem saber como você participou, o que efetivamente fez naquela atividade, qual o seu papel. Foi um papel de liderança? De criatividade? Inovou? Ganhou prêmios?

Além disso, também é fundamental demonstrar o impacto das suas realizações (quantas pessoas, quais lugares foram atingidos). Por meio de tudo isso, a universidade pode ter uma ideia de como você será capaz de contribuir no campus enquanto estiver estudando lá. 

Essay ou redação

Outro item importante na montagem do seu perfil pessoal são as redações ou essays. As redações exigidas pelas universidades americanas são muito diferentes das do ENEM e dos vestibulares no Brasil.

Aqui os textos geralmente são argumentativos, onde você defende uma ideia, uma posição. Já um essay para entrar em uma universidade americana é um “personal statement”, ou seja, por meio dele você vai falar sobre como você é. 

Dependendo do tema proposto (o “prompt”), você vai abordar no texto alguma experiência importante, uma história relevante, algo que tenha sido realmente significativo e impactante na sua vida. O conteúdo do seu essay pode, inclusive, estar ligado às suas atividades extracurriculares. 

É fundamental que a sua redação esteja alinhada com o restante do seu application e que mostre o que você aprendeu ou como aquela experiência impactou a sua trajetória. Junto com as atividades extracurriculares, os essays são, portanto, peças imprescindíveis na montagem do quebra-cabeça do seu perfil pessoal.

Carta de recomendação e entrevista

Também integram este quebra-cabeça as cartas de recomendação e a entrevista. As cartas de recomendação são escritas por profissionais da sua escola (geralmente professores ou coordenadores), que contam como você era como aluno e como pessoa dentro do ambiente escolar.

É uma forma de a universidade conhecer um pouco mais sobre o candidato, porém na visão de alguém que trabalhou com ele. Dessa forma, também é uma ferramenta de suma importância na formação do seu perfil pessoal e acadêmico.

Por fim, por serem muito competitivas, as Ivy League podem pedir uma entrevista com o candidato, a fim de conhecê-lo ainda mais e definir se o seu perfil combina mesmo com o perfil da universidade.

É importante estar bem preparado para responder perguntas pessoais, desde por que você escolheu aquela universidade ou um determinado curso, até como você se vê daqui a dez anos, por exemplo.

O importante é, por meio de cada uma destas etapas, o candidato conseguir mostrar para a universidade o seu diferencial. 

Desde 2001, a Daqui pra Fora já orientou mais de 3.500 estudantes, com admissões em todas as Ivy Leagues. Você pode ser o próximo.

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