Prédios ao fundo, com árvores e um lago na frente.

Tudo o que você precisa saber para estudar na Holanda

Confira tudo que é preciso saber para fazer faculdade na Holanda, país com 7 universidades entre as 100 melhores do mundo e o 3o melhor sistema educacional do planeta.

A Holanda é um país cada vez mais procurado por estudantes estrangeiros do mundo inteiro. Hoje cerca de 90 mil jovens de 162 países estudam em universidades holandesas. Eles são atraídos não só pela excelência acadêmica, mas também pela excelente qualidade de vida e pela característica multicultural do país, famoso por ser receptivo e com uma sociedade “mente aberta”.

Há tempos a Holanda figura entre os países com melhor qualidade de vida do mundo. Hoje é o sétimo no ranking do US News, que leva em conta moradia, saúde, educação, transporte, segurança, liberdade individual e meio ambiente, entre outros fatores.

Por que morar na Holanda?

A Holanda tem ainda a 5a economia da região. Algumas das maiores multinacionais do mundo, como Philips, Heineken, KLM, Shell e Unilever, são holandesas.

Além disso, a proximidade com grandes centros comerciais e financeiros, como o Reino Unido, a Alemanha e a França, faz com que o país seja interessante tanto para quem está de olho no mercado de trabalho quanto para quem quer explorar novos lugares e culturas, viajando pelo continente.

Além de tantos atrativos, a qualidade do ensino superior holandês e o custo-benefício dessa jornada têm um apelo especial. São 7 universidades entre as 100 melhores do mundo, segundo o ranking da Times Higher Education, que coloca a Holanda como o terceiro melhor sistema educacional do planeta.

Apesar de a língua oficial do país ser o holandês, cerca de 95% da população fala inglês fluente e muitos ainda dominam uma terceira língua, como francês ou alemão. É, portanto, uma excelente oportunidade para aprender mais um idioma.

Seja nas grandes cidades, como Amsterdam e Rotterdam, ou nas pequenas, como Delft ou Leinden, a experiência de fazer faculdade na Holanda certamente oferece excelência acadêmica, vida multicultural e a construção de uma potente networking.

Neste vídeo, o estudante Lucas Cordeiro conta um pouco da experiência de estudar na Holanda:

As principais vantagens de estudar na Holanda

Excelência acadêmica

Com 7 universidades entre as top 100 e reconhecido internacionalmente como um dos principais polos acadêmicos do mundo, a Holanda oferece no seu ensino superior uma metodologia diferenciada, o PBL (Problem Based Learning).

Baseado na solução de problemas, centrado no aluno, interativo, com técnicas modernas e inovadoras, o PBL é apontado como um dos principais fatores responsáveis pela excelência no ensino holandês.

Além disso, as classes nas universidades holandesas são pequenas, o que comprovadamente favorece o aprendizado e aproxima os alunos dos seus professores.

Neste contexto, os alunos podem optar por dois tipos de universidades onde recebem o diploma de bacharel: as de pesquisa e as de ciências aplicadas.

As de pesquisa são mais voltadas para quem se interessa por elas e deseja seguir carreira acadêmica. Enquanto as de ciências aplicadas (a maioria) são mais profissionalizantes, direcionadas às práticas de mercado.

Nos dois casos há inúmeras opções de cursos em inglês, já que a Holanda é o país da Europa Continental que mais oferece cursos em inglês em nível superior. São mais de 1500. Vale lembrar que, apesar da enorme oferta, é sempre bom se certificar se o curso pelo qual o aluno optou é oferecido em inglês na instituição escolhida.

Custo-benefício

O valor empregado para estudar em uma universidade holandesa é inferior se comparado ao custo de outras universidades em países onde se fala inglês, como Estados Unidos e Reino Unido, levando-se em conta, inclusive, o custo de vida nestes países.

Além disso, dificilmente o aluno vai encontrar em qualquer lugar do mundo um investimento equivalente por um ensino top 100 ou top 200.

Para quem tem cidadania europeia, este investimento é muito menor. Ao invés de pagar de 6.000 a 15.000 euros por ano, o estudante com cidadania europeia paga uma anuidade próxima a 2.000 euros.

Outro fator que ajuda a melhorar a relação custo-benefício na Holanda é o fato de o estudante poder trabalhar 16 horas por semana durante o período de aulas ou ainda full time nas férias.

O ambiente multicultural, a participação em associações estudantis, a possibilidade de viagens, de trabalho e de estágio possibilitam ainda, sem dúvida, a criação de uma potente networking que o aluno vai levar para toda sua vida pessoal e profissional.

 

Possibilidade de residência após a faculdade

Já familiarizados com a cultura e o estilo de vida locais, vivendo em um país com excelente qualidade de vida e inúmeras oportunidades, muitos estudantes terminam o curso e querem permanecer na Holanda. A boa notícia é que é possível.

Depois de adquirir o diploma na Holanda, estudantes que não pertencem à União Europeia podem se candidatar à autorização de trabalho “zoekjaar” (ano de busca). Conseguindo uma vaga, o empregador vai solicitar uma licença de imigração altamente qualificada em nome do estrangeiro, sem que ele precise deixar o país.

Ainda há a possibilidade de pedir autorização de trabalho caso a pessoa pretenda abrir seu próprio negócio por lá.

O Processo Seletivo

O processo seletivo na Holanda é semelhante ao do Reino Unido. Tanto as universidades de pesquisa quanto as de Ciências Aplicadas avaliam o histórico escolar do Ensino Médio do candidato e a prova de proficiência em inglês (TOEFL ou IELTS).

Na Holanda, o candidato aplica direcionado a um curso específico, assim como no Brasil. Vai, portanto, concorrer com outros interessados no mesmo curso.

Alguns cursos são mais concorridos que outros e para estes casos as universidades podem exigir alguns elementos a mais na application.

Entre estas exigências podem estar uma redação (motivation letter ou personal statement), onde o aluno geralmente fala sobre o que o leva a querer estudar aquele curso naquela instituição; cartas de recomendação (de professores ou coordenadores da escola); e um currículum vitae.

Nos cursos onde a concorrência é muito alta, a universidade pode exigir ainda o SAT ou o ACT, ou mesmo uma prova específica elaborada pela própria universidade.

As notas exigidas no TOEFL e no ACT ou SAT (se necessário) variam de acordo com cada universidade e com cada curso.

Studielink e Numerus Fixus

O primeiro passo para se candidatar, portanto, é checar no site da universidade escolhida todas as informações sobre o processo de application da instituição e se certificar de todos os requerimentos que ela exige.

Para a maioria dos programas, o aluno deve se registrar no Studielink, plataforma oficial para se candidatar a uma universidade na Holanda. Funciona como o Common App (dos Estados Unidos) ou o UCAS (do Reino Unido).

Mas atenção: é imprescindível se certificar se o curso e a universidade escolhidos requerem o registro no Studielink. Algumas instituições e cursos usam processos diferentes.

Nas áreas de estudo mais procuradas, onde há uma demanda excessiva, o processo seletivo passa por um sistema de loteria centralizado e ponderado chamado Numerus Fixus, controlado pelo governo holandês.

Neste caso, por ser um sistema ponderado, os estudantes com histórico escolar forte têm mais chances de sucesso. A maioria dos cursos em inglês na Holanda passam pelo Numerus Fixus, especialmente Psicologia, International Business, Fisioterapia, Medicina e Economia, que costumam ser os mais concorridos. De novo, é fundamental checar com a instituição se o curso escolhido passa pelo Numerus Fixus.

A application para Numerus Fixus deve ser submetida até o dia 15 de janeiro e as respostas chegam em 15 de abril. Esta resposta indica a colocação do aluno no ranking dos candidatos.

Se aceito, o candidato tem duas semanas para responder se aceita a oferta de vaga. Caso não tenha sido aceito, ele ainda tem chances dependendo de alguma desistência e da sua colocação no ranking. É como uma lista de espera.

Para outros programas, fora do Numerus Fixus, o deadline para a application é geralmente 1o de maio. Mas sempre vale a pena checar a data com a universidade escolhida.

O ano letivo na Holanda começa em agosto.

Entrada direta, sem passar pelo Foundation

O sistema de ensino na Holanda tem o modelo semelhante ao do Reino Unido, onde o Ensino Médio tem 4 anos. Isso faz com que, ao ingressarem no ensino superior, alunos internacionais precisem fazer o que eles chamam de um ano de Foundation.

O Foundation corresponde a um ano básico, que introduz o estudante ao sistema europeu de ensino e o prepara para os próximos 3 anos de faculdade.

Alunos que fizeram o Ensino Médio em escolas que acompanham o sistema europeu não precisam fazer o Foundation. Quem termina o Ensino Médio com diploma de IB (International Baccalaureate) também pode passar direto pelo Foundation.

Em algumas instituições, provas como SAT, ACT e APs também podem ser suficientes para dispensar o Foundation. Quem já fez um ano de faculdade também pode passar direto.

Em todos os casos, é importante consultar a universidade para saber sobre a necessidade ou não de cumprir o Foundation year.

Quanto custa estudar na Holanda

O custo anual de um estudante na Holanda pode variar bastante em função de vários fatores. Ter ou não a cidadania europeia é um dos principais deles. Isso porque a tuition (anuidade da faculdade) diminui muito para os alunos que são cidadãos europeus.

A diferença pode ser de milhares de euros. Para os alunos brasileiros, a tuition pode variar de 6.000 a 15.000 euros por ano. Já para quem tem passaporte europeu ela cai para próximo de 2.000 euros anuais.

Porém, essa regra não se aplica ao Foundation Year, onde todos pagam o mesmo valor, que gira entre 12.000 e 18.000 euros, dependendo da instituição e do curso.

De qualquer forma, o investimento não é maior do que aplicado em universidades também muito bem conceituadas na América do Norte ou no Reino Unido, por exemplo. Ao contrário. E o diploma certamente vai abrir portas no mundo todo.

Além da anuidade da faculdade, há outros aspectos que devem ser levados em conta quando falamos em manter um estudante na Holanda, que são os gastos que ele vai ter no seu dia a dia por lá. Com moradia e alimentação, a família pode estimar um valor de 800 a 1.100 euros mensais.

Vale a pena pensar em reservar um pouco também para algumas necessidades e vontades do aluno, como roupas, lazer e transporte. A Holanda é um lugar cheio de atrativos e fica próximo de outros países igualmente atraentes e de fácil acesso. Os valores nesse caso são muito particulares, dependem do estilo de vida e das possibilidades de cada família.

Dicas para esta jornada

Quem já pensa em aplicar para universidades nos EUA, Canadá ou Reino Unido pode, portanto, conhecer o que a Holanda oferece. O caminho tem muitos pontos em comum.

Planejamento, foco, dedicação e uma boa orientação são ingredientes fundamentais para qualquer processo seletivo. Mas também é muito importante amadurecer suas escolhas. Como? Mantendo as portas abertas, pesquisando, conhecendo, decidindo o quanto antes se realmente deseja estudar fora e se está disposto a se preparar para isso.

Este conhecimento, junto com uma boa preparação, vai dar ao aluno a possibilidade de ter as várias opções no final do Ensino Médio. E ele certamente vai estar pronto para tomar a melhor decisão sobre o que fazer após os vestibulares.

Se precisar de ajuda ao longo desse processo, a Daqui pra Fora pode ajudar com toda a assistência necessária para que a experiência seja agradável. Vamos conversar?

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