Minerva University

Saiba como é estudar na Minerva University

Conheça o dia a dia em uma universidade onde, em 4 anos, os alunos estudam em 7 países diferentes. Saiba também como aplicar para estudar lá.

Se você não conhece a Minerva University ou ouviu falar pouco sobre ela, não se preocupe. Você ainda não vai encontrá-la nos principais rankings de ensino superior que são publicados anualmente no mundo todo.

Ela tampouco acumula prêmios Nobel ou similares. A Minerva é uma universidade nova, que surgiu em 2014, com poucas turmas formadas até aqui. Porém, apesar disso, tem sido muito procurada e é muito concorrida.

Além disso, é uma universidade sem campus e sem salas de aula. Como isso é possível? A história e a proposta da Minerva School, que estão totalmente interligadas, justificam este cenário.

E mostram que a tendência é, em pouco tempo, ela vir a figurar entre as mais bem ranqueadas do planeta. Alguns números obtidos neste curto período apontam para a mesma direção.

Entre os gestores hoje que empregam ex-alunos da Minerva, 90% afirmam que a performance deles no trabalho é acima da média. A Minerva já é top 1% no CLA+ (teste padronizado que mede raciocínio, criatividade e habilidades entre alunos do último ano das universidades americanas). Além disso, custa cerca de um terço do valor de universidades com nível acadêmico similar.

Em relação a rankings, a Minerva School já aparece em 3o lugar entre as universidades mais inovadoras do mundo na classificação do WURI (World’s University with Real Impact).

Outro fator que justifica a concorrência alta – cerca de 2% dos candidatos são admitidos – é o fato de que a Minerva não cobra taxa de application. Isso faz com que o número de candidatos seja bastante alto. A boa notícia é que de 8 a 10 brasileiros são admitidos anualmente na Minerva com cerca de 70% de bolsa.

Como surgiu a Minerva University

Para compreender os números e entender por que a Minerva atrai tantos estudantes do mundo inteiro, é preciso conhecer um pouco da sua história e da sua proposta.

A Minerva foi criada por Stephen Kosslyn, pesquisador de Ciências da Aprendizagem em Harvard. Em suas pesquisas sobre como a mente humana aprende, Kosslyn  constatou que aulas expositivas não funcionam, já que nelas apenas 10% do conteúdo é retido.

Ele e Ben Nelson, também produto da Ivy League, entenderam naquele momento que as universidades faziam, sim, um bom trabalho, mas não para o mundo de hoje.

Segundo eles, o cenário milenar onde um palestrante fala continuamente para vários ouvintes em uma sala, definitivamente, deveria ser modificado. Assim, baseado em estudos de psicologia cognitiva aplicada à aprendizagem, eles criaram a Minerva School, que nasceu com uma proposta completamente inovadora.

A ideia é focar a aprendizagem não em um conhecimento adquirido de forma passiva. Mas sim em habilidades profundas e transversais trabalhadas de forma ativa, como pensamento crítico, comunicação eficaz e resolução criativa de problemas.

Assim, segundo os idealizadores, formam-se profissionais flexíveis, capazes de se movimentar em ambientes complexos e com capacidade para se adaptar a mudanças drásticas que, certamente, enfrentarão na vida profissional.

Hoje a Minerva é acreditada pela WASC Senior College and University Commission, que também certifica Stanford, Caltech, UCLA e inúmeras instituições renomadas nos Estados Unidos e no mundo.

Como funciona a Minerva University

Já mencionamos que, mesmo oferecendo ensino de excelência, a Minerva University não tem campus nem salas de aula. Então, como são as aulas? Como se aprende?

O Minerva Project foi criado com base em uma plataforma online, idealizada para maximizar o aprendizado, sempre baseando-se na ideia de que não pode haver aulas puramente expositivas.

A plataforma, chamada Active Learning Forum, que hoje se chama apenas Forum, já diz pelo próprio nome que não há ensino passivo. Ela nasceu muito antes da pandemia e a metodologia utilizada não tem nada a ver com Ensino à Distância.

Neste vídeo, você encontra informações importantes sobre a Minerva University:

As classes têm no máximo 20 alunos, são todas ao vivo e nelas o professor não pode falar por mais de 5 minutos ininterruptos Os alunos devem participar com perguntas, comentários, sugestões, soluções e discussões, entre outras possibilidades. Eles sempre recebem material e se preparam previamente para as aulas.

Existe uma ferramenta que monitora o tempo de fala do professor e a participação de cada aluno durante toda a aula. Se um aluno participa pouco, por exemplo, deve ser estimulado a interagir mais. Se ao final, sua participação foi inexpressiva, ele pode receber falta naquela aula.

Esta plataforma inclui ainda várias ferramentas que possibilitam interações que não são possíveis de serem utilizadas em aulas fisicamente presenciais, como enquetes, por exemplo.

Esta é uma das maneiras mais eficazes de o professor verificar em tempo real o que os alunos pensam de um determinado assunto ou mesmo medir o que está sendo aprendido.

Todas as aulas são gravadas. O aluno consegue rever e observar como contribuiu, enquanto o professor pode verificar a participação de cada um para avaliação.

Na plataforma Forum, além de participar das aulas, o aluno tem tudo o que precisa para o seu curso. Lá estão todas as informações relacionadas com tarefas a fazer, tarefas feitas, avaliações, leituras, comunicados, de todos os cursos que o aluno está fazendo ou já fez.

Como vivem os estudantes

Os alunos da Minerva vivem em 7 países e 7 cidades diferentes durante os 4 anos da faculdade.

Quando são admitidos, todos os estudantes vão para São Francisco, na Califórnia, onde fazem o primeiro semestre. O segundo semestre é feito em Taipei (Taiwan) e no terceiro, depois do summer break, os alunos vão para Seul (Coréia do Sul).

O quarto semestre acontece em Hyderabad (Índia), o quinto em Berlim (Alemanha) e o sétimo, em Buenos Aires (Argentina). No último semestre os alunos voltam para São Francisco, onde acontece a formatura e encontram todos os seus professores.

Não há aulas fisicamente presenciais na Minerva University. Porém isso não significa que os alunos não se encontram. Ao contrário. As aulas são virtuais, mas os relacionamentos são reais e muito presentes.

Em todas as cidades, os alunos moram sempre no mesmo prédio, em quartos duplos, triplos ou quádruplos. Almoçam juntos, saem juntos, tomam café e muitas discussões que começam em aula continuam fora delas.

Cerca de 70% dos estudantes da Minerva University não são dos Estados Unidos. Este é um número bastante expressivo, principalmente levando-se em conta que nos Estados Unidos algumas das universidades mais diversas tem 30% de estudantes internacionais.

Isso faz da Minerva uma comunidade forte e diversa em termos de cultura, religião e etnias, e que ainda possibilita a formação de um networking extremamente potente.

As aulas na Minerva University acontecem de segunda a quinta-feira. Na sexta, os alunos aprendem no mundo por meio das co-curriculars activities, projetos que os estudantes desenvolvem em cada cidade por onde passam.

Eles permitem, além de trocas e aprendizados, maior engajamento com a população, com a cultura, com as organizações e com as questões locais.

Para isso, a Minerva tem parcerias com algumas das principais organizações públicas e privadas de cada um dos locais em que se estabelece. Entre elas, outras universidades, ministérios, empresas, ONGs, etc. A Minerva tem profissionais contratados em cada cidade para fazer a curadoria dessas parcerias.

Os cursos e a avaliação

A Minerva University oferece cursos em 5 colleges ou majors:

  • Artes & Humanidades;
  • Business;
  • Ciências Computacionais;
  • Ciências da Natureza;
  • Ciências Sociais.

Cada um deles possui 6 concentrações mais focadas em uma determinada área. Os majors foram concebidos como matrizes inter-relacionadas de cursos, onde cada aula oferecida é essencial para cada um dos campos.

Em Business, por exemplo, o aluno pode focar em Novos Negócios Comerciais, Gestão Empresarial, Gestão de Marca, Crescimento Escalável, Finança Estratégica e Gerenciando Complexidade Operacional.

A avaliação é baseada em trabalhos (assignments) e na participação dos alunos nas aulas. As notas variam de 1 a 5 e são baseadas em rubricas pré-estabelecidas em cada trabalho.

O processo seletivo

A candidatura para a Minerva University é diferente das tradicionais. Mas quem está se preparando para aplicar para uma universidade americana vai estar preparado para aplicar para a Minerva. Isso porque também é um processo holístico e alguns requerimentos são parecidos.

Na primeira parte do application, o aluno responde à pergunta  “Quem você é?”.  É onde ele preenche dados acadêmicos, da mesma forma que faz no Common App. A Minerva inclusive permite que os candidatos façam a primeira parte no Common App e depois migrem para a plataforma da Minerva.

Em seguida, vem “Como você pensa?”. Nesta etapa, a Minerva não utiliza e não recebe notas de provas padronizadas como SAT ou ACT. Nem mesmo provas de proficiência em inglês.

Ao invés disso, o aluno é desafiado a responder uma série de desafios que medem como o aluno pensa nas mais variadas dimensões, seja na criatividade, na matemática, ou na escrita e na fala.

O teste é gravado e o aluno responde na hora. Não é uma prova para a qual você precisa estudar. Um dos desafios pode pedir para o candidato dizer, por exemplo, quantas utilidades consegue dar a um certo objeto. Dessa forma, eles observam como o aluno pensa, sua criatividade, como se expressa, entre outras habilidades.

A terceira parte consiste em mostrar “O que você conquistou?”. A Minerva quer saber do que o candidato se orgulha de ter conquistado dentro e fora da escola e por que. Essas conquistas podem incluir projetos pessoais, olimpíadas acadêmicas, trabalhos literários ou artísticos ou experiências de trabalho. É importante mostrar como viveu cada atividade e como aquilo foi importante na sua trajetória.

A Minerva oferece oportunidade de bolsas de estudo para quem tem necessidades financeiras. Elas não valem para quem já tem uma graduação ou está se transferindo de uma outra.

Depois de formados

Mesmo com poucas turmas formadas, a Minerva University tem ex-alunos trabalhando nas principais companhias do mundo. Eles também estão em ONGs, incubadoras, statups ou mesmo em universidades. Google, Caltech, Dalberg, Amazon, Apple, Goldman Sachs e Harvard são alguns dos lugares onde ex-alunos da Minerva se encontram.

A Daqui pra Fora conta em sua equipe com duas profissionais graduadas na Minerva University. Nathalia Bertolo se formou em Artes & Humanidades, com concentração em Literatura e Artes. Ela é mentora na DpF desde 2019 e também trabalha na equipe de Gente & Gestão da Ambev.

Lara Nach se formou em 2019 na Minerva. Ela escolheu a área de Ciências da Natureza, onde focou em Ciência Alimentar. Foi pesquisadora na Cornell University (Ivy League).

Também atuou como educadora ambiental na Christodora, ONG de Nova York que leva educação científica e educação sobre natureza para alunos de escolas públicas de NY e Massachusetts. Lara é mentora na Daqui pra Fora desde 2016 e hoje também faz parte da equipe de estrategistas.

Para as duas profissionais, sobram experiência e conhecimento, além de muita vontade, claro, para orientar todos aqueles que se interessarem em aplicar para a Minerva University.

Converse com a gente e saiba como aplicar para a Minerva University.

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