Jovem pesquisando como entrar em uma universidade americana.

7 fatores avaliados para entrar em uma universidade americana

Muitos jovens que resolvem buscar informações sobre como ingressar nas universidades norte-americanas às vezes chegam com a pergunta: “Que nota preciso tirar para entrar em Harvard?”.  Infelizmente – ou felizmente –, o processo de seleção nos Estados Unidos é um pouco mais elaborado.

Enquanto no Brasil o único critério de seleção de quase todas as universidades é a nota do vestibular, lá o candidato precisa cumprir alguns requisitos, que geralmente são avaliados em conjunto. E esse método de avaliação vale para todos, inclusive para candidatos estrangeiros.

Requisitos Objetivos

As notas do ensino médio do aluno (incluindo também o nono ano) são o primeiro requisito objetivo considerado no processo de admissão para universidades americanas. Elas serão convertidas para o sistema americano, chamado GPA (Grade Average Point), uma escala que vai de 0 a 4.

O segundo requisito objetivo são as notas nos exames avaliatórios padronizados, que são o SAT ou o ACT. Os dois exames têm a mesma função do Enem no processo seletivo das universidades americanas: medir o conhecimento do estudante em áreas específicas.

O SAT é um exame que é composto por três seções: leitura/interpretação de texto; matemática e uma redação. As seções de leitura/interpretação de texto e matemática valem 800 pontos e a redação (opcional) é avaliada de uma forma diferente, com uma escala de 2 a 8.

Segundo o brasileiro Jáder Morais, que cursa o segundo ano na University of Pennsylvania, o SAT é bastante desafiador.

“A parte mais desafiadora do SAT é a adaptação à estratégia de prova. Muitas vezes, temos menos de um minuto para responder questões, o que é bastante diferente do estilo de prova no Brasil, em que temos vários minutos para pensar em soluções. Precisei fazê-la três vezes para atingir o meu objetivo”, afirma.

O ACT é uma prova composta por 215 questões de múltipla escolha, abrangendo as áreas
de matemática, inglês, interpretação de texto e ciências, além de uma redação opcional (apenas algumas faculdades exigem a redação). A nota da prova vai de 1 a 36 pontos. Assim como o SAT, o ACT também tem um tempo pré-determinado para a realização de cada seção.

Para alunos internacionais cuja língua não seja inglesa, o TOEFL, exame de proficiência em inglês, é outro requisito objetivo necessário no processo de admissão. O TOEFL tem quatro seções (reading, listening, writing e speaking) e cada uma vale 30 pontos.

Requisitos Subjetivos

Em seguida, começam as etapas mais subjetivas. Uma delas é uma carta de recomendação escrita por professores e coordenadores do candidato. O objetivo da universidade com isso é tentar perceber que tipo de aluno o candidato é na comunidade acadêmica.

Verificar se ele tem características de líder ou se é prestativo com os demais, por exemplo. Universidades norte-americanas costumam gostar de alunos mais participativos, pois consideram que enriquecem o ambiente acadêmico.

“Quem escreveu minha carta foi meu professor de geografia, meu professor de inglês e o coordenador do meu colégio”, conta Jáder.

“Nela constavam momentos marcantes de minha vida acadêmica aliados com alguns valores chave que a universidade onde estudo procura em alunos: liderança, responsabilidade, inteligência emocional, solidariedade e grandes sonhos”, destaca.

Outra etapa do processo de seleção leva em consideração as atividades extracurriculares do candidato. Isso porque as universidades nos Estados Unidos não desejam o tipo de aluno que só frequenta aulas.

Querem aquele que já faça algo desde antes, seja praticar esportes, fazer trabalho voluntário, manter um blog ou até mesmo dançar.

“Sempre pratiquei esportes e tive envolvimento com música. Mas, para mim, o mais importante, foi ter buscado fazer isso num nível alto, com muita paixão e dedicação”, explica Henrique. “Acredito que minhas atividades voluntárias, ajudando crianças pobres e com câncer, foram fundamentais para a minha aceitação”, diz Jáder.

Desempate

Em um processo de seleção com alunos geniais, de notas maravilhosas, cartas de recomendação excelentes, e envolvidos em atividades as mais diversas, o que vai desempatar? A redação.

A etapa da redação é a oportunidade que o candidato tem para fazer uma propaganda de si mesmo à universidade. É por meio dela que ele irá escrever sobre obstáculos que superou. Contar a respeito de pessoas que o influenciaram e de eventos importantes na sua vida.

Tudo de uma maneira “vendedora”, com o intuito de mostrar como esse candidato é único. Conta Henrique: “A redação deve ser pessoal e sincera. É a sua melhor oportunidade de mostrar porque você é ‘gente boa’. A minha focou naquelas coisas que me motivam, e em histórias que ajudaram a definir quem sou”.

Por fim, há uma etapa de entrevista, que acontece normalmente nas faculdades mais concorridas. Trata-se de uma oportunidade de ver se os alunos são realmente aquilo que estão no papel.

Normalmente, quem entrevista os candidatos são ex-alunos das universidades, que o fazem de forma voluntária. No Brasil isso costuma ocorrer via Skype. Quando há alguns ex-alunos brasileiros, a entrevista pode acontecer pessoalmente.

É mais fácil, então?

Alguns acham o processo americano confuso, outros acham mais justo. É bem mais confuso não saber o que o aluno precisa fazer para entrar em universidade X.

Não existe nota mínima, não existem pré-requisitos além dos básicos (nível de inglês, diploma do Ensino Médio), não tem receita ou fórmula secreta.

O processo é completamente baseado em histórico: qual o perfil do brasileiro que entrou em tal universidade? Que nota que os alunos que entraram no passado tiraram? Em que colégio estudaram? Quais foram as atividades extracurriculares?

E mesmo se um aluno tiver um perfil muito parecido com o de um que entrou, isso não garante que no próximo ano, esse perfil de aluno seja aceito.

Mas também pode ser considerado mais justo já que os alunos, sob os olhos dos coordenadores de admissão, não são só um número. Os alunos são avaliados como pessoas. As notas nos testes e as médias no colégio só contam parte da história.

Como saber se além de ser extremamente estudioso, esse garoto também é um excelente atleta? A lista de premiações pode ilustrar isso. Como saber como é difícil conseguir tirar nota alta no colégio? O coordenador pode falar do rigor acadêmico do colégio.

Como saber que esse aluno é extremamente motivado por mudanças sociais? A redação do aluno pode contar a história de quem o influenciou a se envolver nas causas sociais. Aqui no Brasil, o resultado de todos os anos de esforço é medido através do vestibular, um evento que acontece uma vez ao ano na vida do aluno.

Alunos que se esforçam academicamente durante sua vida escolar podem não passar no teste. Alunos que resolvem levar os estudos a sério, somente a partir do 3º ano, podem passar no vestibular se esforçando apenas alguns meses das suas vidas.

Mentoria

Sabendo da complexidade do processo seletivo das universidades americanas, como se preparar adequadamente para aumentar suas chances?

Muitos alunos ao redor do mundo sentem a necessidade de contarem com a ajuda de uma mentoria, já que ter alguém com experiência no assunto para guiar o aluno durante cada passo pode ser determinante.

Pietro Leite, aluno aprovado em Harvard em 2017, contou com a consultoria da Daqui pra Fora desde o primeiro ano do ensino médio, através do programa Early Guidance.

A experiência de quem entende do assunto pode ser determinante para ajudar o aluno a e definir a melhor universidade possível, de acordo com seu perfil como estudante.

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