Estudante brasileiro com bolsa integral na Washington University.

Saiba como estudar na WashU com bolsa de estudos

Washington University in St. Louis, no Estado do Missouri, é considerada uma das 20 melhores universidades dos Estados Unidos, segundo o US News Ranking, e é, portanto, a 68a colocada no ranking mundial da Times Higher Education 2024.

Fundada em 1873 por empresários, políticos e líderes religiosos preocupados com a ausência de um ensino de alto nível na região do meio-oeste americano, WashU inegavelmente se transformou na segunda metade do século passado em uma das principais instituições de ensino e pesquisa dos Estados Unidos.

Ao passo que a excelência acadêmica e a estrutura de ponta atraem cada vez mais estudantes do mundo inteiro para a universidade, cerca de 20% dos seus 15 mil alunos são internacionais de mais de 90 países.

Assim sendo, todas as faculdades da Washington University são muito bem conceituadas e a universidade é referência nas áreas médica e de ciências naturais.

Bolsa de estudos na Washington University

Antes de mais nada, Washington University oferece diferentes programas de bolsas de estudos e, entre eles, os mais competitivos são os que pertencem ao Signature Program.

Ser aprovado em um destes programas é um privilégio ímpar, ao passo que, além do benefício financeiro, os alunos aceitos em um destes programas passam a fazer parte de uma seleta comunidade acadêmica e cultural no campus, com várias atividades exclusivas.

Entre os três programas Signature, entretanto, somente dois aceitam candidatos internacionais. Como resultado, um deles, o Danforth Scholars, é o mais competitivo de todos.

Com o intuito de formar líderes para o futuro, Danforth é um programa que busca no mundo todo jovens que tenham paixão por ajudar os outros, que demonstrem capacidade de liderança e um alto comprometimento com a comunidade.

De fato, os alunos Danforth são conhecidos pela excelência acadêmica, pela integridade e por serem capazes de defender com força seus ideais.

Dessa maneira, este ano, entre os cerca de 4.000 candidatos a uma vaga no Danforth Program estava o brasileiro Guinter Vogg. Desde o início do processo seletivo, Guinter sabia que apenas 25 candidatos seriam chamados para a fase final da seleção.

No entanto, ele acabou sendo o único aluno internacional entre os finalistas e conseguiu a bolsa integral, se tornando mais um aluno da Daqui pra Fora a ser aceito em uma das top universidades do mundo.

Conheça a trajetória do gaúcho Guinter

Guinter tem 19 anos, nasceu em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, chamada Encruzilhada do Sul. Lá ele cresceu e estudou até o final do Ensino Fundamental, quando decidiu eventualmente se mudar para Santa Cruz do Sul para terminar o Fundamental e fazer o Ensino Médio.

No depoimento a seguir ele conta como foi sua trajetória até conquistar a bolsa integral no valor de US$ 60 mil no prestigiado Danforth Program da Washington University e, ao mesmo tempo, o que significa fazer parte deste programa.

A decisão

“No terceiro ano do Ensino Médio, percebi que eu não me encaixava em nenhum curso aqui no Brasil. Então comecei a procurar opções em outros países, onde eu pudesse ter mais controle sobre a minha formação, onde eu conseguisse sentar com alguém e decidir quais aulas eu queria fazer, qual rumo eu queria dar para o meu diploma e quais aplicações eu queria dar a ele”.

“Outro momento que me levou a buscar faculdades no exterior foi quando eu senti que no Brasil o único aspecto avaliado no vestibular era o acadêmico. Eu queria ir para um lugar onde outras habilidades, sociais e artísticas, por exemplo, fossem levadas em consideração na minha admissão. Foi nesse momento que eu encontrei a Daqui pra Fora e comecei o meu projeto”.

O planejamento

“Quando tomei a decisão de ir para os Estados Unidos, eu já estava na metade do 3o ano do Ensino Médio. Até achei que poderia ser tarde demais. Mas com a orientação da Daqui pra Fora, eu percebi a possibilidade de fazer um gap year. Me formei em dezembro de 2018 e resolvi que só ia aplicar para as universidades no próximo ciclo de admissões”.

“Decidi tirar este ano para preparação, amadurecimento e autoconhecimento. Continuei o terceiro ano normalmente e no ano seguinte me preocupei em focar na aplicação”.

Ano extra de preparação

“Foi a melhor decisão que eu tomei, depois de ter decidido aplicar para a Washington University. Fiz meu terceiro ano com calma e depois foquei nas provas. Não atropelei as coisas”.

“Eu pensava que as universidades não veriam com bons olhos esse gap year. Achava que iam pensar que eu não era capaz de dar conta de fazer tudo (escola e application). No fim, percebi que foi o contrário. Eles interpretaram que, no meu caso, era um sinal de maturidade, de saber que cada coisa tem o seu tempo””

As notas no Ensino Médio

“Saí da minha cidade no final do Ensino Fundamental para buscar mais desafios acadêmicos. O começo foi difícil. Depois fui me adaptando e nos 3 anos do Ensino Médio consegui manter um nível bem alto para os padrões da minha escola”.

“Eu estava preocupado com as notas porque minha escola era muito rigorosa. É muito difícil ter um GPA 4,0, que equivale a ter 9,5 ou 10,0 em tudo. Mas eu sabia que o meu 8,0 valia o 10,0 de muitas escolas. Entendi que a avaliação das universidades levaria em conta onde as minhas notas se encaixavam no contexto da escola e dos outros alunos. O meu GPA não foi alto, 3,24, mas era o melhor da minha turma. O apoio da Daqui pra Fora foi fundamental na hora de definir esta estratégia e também orientar minha escola na preparação dos documentos que mostravam isso para as universidades”.

As provas internacionais

“Quando comecei toda a preparação, o nível do meu inglês era baixo para as exigências das provas. Tive que estudar muito. De todo meu estudo neste ano, 70% foi dedicado a aprimorar o inglês e a fazer as provas. Eu comprava livros com muitos simulados, fazia os simulados no tempo, fiz todas as questões da Khan Academy”.

“Fiz o SAT 4 vezes, o que é acima da média mas não chega a ser um problema. Nas 4 vezes, o conteúdo nunca foi problema, mas eu sempre ia crescendo pouco a pouco no score de inglês. Evoluí muito e no final isso realmente ajudou, porque agora estou preparado para ter aulas em uma universidade americana”.

“Meu SAT começou com 1390 (em março), fui muito bem em matemática e muito mal em inglês, Fui melhorando, até que em outubro eu consegui um superscore de 1520. No SAT Subjects (é uma prova complementar, a gente pode escolher as matérias), eu fiz química, matemática I e II. Gabaritei as 3 provas (800 redondo). No TOEFL, depois de muito estudo, acabei com 109 (de 120).”

Atividades extracurriculares

“Vou falar de três atividades extracurriculares que foram importantes na minha candidatura e definem o meu perfil hoje”.

“Sempre fui muito envolvido com ciências, especialmente química. Participei de 3 Olimpíadas de Química do Rio Grande do Sul, onde competia com cerca de 5.000 alunos todos os anos, e venci as três. Participei das Olimpíadas de Matemática também”.

A participação nessas Olimpíadas acadêmicas são importantes porque, além de toda a experiência envolvida, elas são mais um parâmetro para as universidades te enxergarem em relação aos outros. E as medalhas ajudaram a me destacar na minha aplicação”.

A segunda atividade extracurricular em que eu mais me envolvi foi o teatro. Fiz parte do grupo de teatro do Ensino Médio da escola. A gente ensaiava e viajava pela região sul para apresentar nossas peças. Foi quando eu descobri que gostava de atuar, de escrever, de me relacionar com um grupo menos acadêmico, mais ligado a arte e criatividade. Trabalhei também para o Ministério da Cultura, meu primeiro emprego, onde apresentei alguns espetáculos como ator”.

“Essa mistura de artes e ciências foi um aspecto muito interessante na minha application”.

A outra atividade extracurricular bem importante foi um projeto comunitário. No segundo ano do Ensino Médio, eu e alguns amigos percebemos que a biblioteca da nossa escola, que era particular, era gigante. E lá perto, na comunidade ou em cidades vizinhas, as escolas nem tinham biblioteca. Decidimos então fundar um projeto, o Livro Fora da Estante, que hoje ainda é o maior projeto social do meu colégio. Ele impacta muitas escolas e até o momento já doamos cerca de 18.000 livros. Eu fico muito feliz com isso”.

A redação

“Eu nem sabia que gostava de escrever tanto. O legal desse processo das redações é que a gente acaba descobrindo coisas novas sobre nós mesmos. Porque as faculdades querem te conhecer profundamente. E para você conseguir transmitir isso, precisa ter muito autoconhecimento”.

“Eu conversava muito com minhas coordenadoras na Daqui pra Fora. Não tem modelo. O ponto para você se destacar é ser único. Cada aluno é único de certa forma. Ele tem que buscar essa essência e colocar na redação, porque isso vai fazer a universidade ver que você é diferente”.

“Eu contei de tudo, do projeto, do teatro, da minha história pessoal… Sempre tentando ser criativo, tentando me destacar, sem seguir um modelo. Porque a pessoa vai ler muitas redações no mesmo dia e eu queria que essa pessoa lembrasse que aquela redação era minha. É difícil, às vezes eu achava que não ia dar tempo, mas deu tudo certo”.

A estratégia das applications

“Meu objetivo era mostrar para as universidades que eu conseguia preencher esse buraco que existia entre artes e ciências. Para mim são duas coisas muito importantes e que na minha vida se relacionam muito. Me envolvi muito com teatro e ao mesmo tempo era apaixonado por química”.

“Nas redações eu procurava mostrar todas as facetas possíveis para a universidade, sempre nessa linha. A minha estratégia principal era mostrar a minha história, onde eu nasci, como eu mudei e mostrar outros aspectos da minha vida pessoal que eu achava importantes também”.

“Mas eu tinha que ter em mente que eu precisava da bolsa. Havia minhas preferências pessoais, mas esse fator era muito importante. Focar em universidades que oferecem muita bolsa contribuiu bastante para o meu sucesso”.

“Quando você pede ajuda financeira e quando você não pede, são duas pilhas diferentes na mesa do admissions officer. De início eu sabia que minha jornada seria mais difícil, que eu poderia ser rejeitado exclusivamente por causa da parte financeira. Eu apliquei para muitas universidades, 14, e corria o risco de não conseguir bolsa suficiente em nenhuma. Então foi muito importante esse foco. E deu tudo certo”.

A bolsa Danforth em Washington University

“Há dois programas de bolsa de estudos em WashU que aceitam estudantes internacionais. É uma aplicação além da regular, que exige novas redações e cartas de recomendação. Me interessei pelo Danforth Scholars Program. Mas eu sabia que era muito difícil conseguir”.

“Fiz todo o processo e em março recebi o retorno do diretor do programa me falando que entre as 4.000 pessoas que aplicaram eu estava entre os 25 finalistas. E me convidaram para eu ir visitar a Washington University, em St. Louis, com tudo pago. Seria um final de semana com os finalistas, com entrevistas, dinâmicas de grupo etc. Ou seja, um novo processo de seleção”.

Entre esses finalistas, alguns não ganham bolsa, outros ganham meia bolsa e outros, bolsa completa e mais uma ajuda financeira além do full tuition. Mas veio a pandemia do Covid-19, o evento passou a ser online, mas foi bem divertido”.

Pouco antes de começar, eles enviaram um arquivo com os contatos de todos os 25 participantes e eu vi que eu era o único não americano. Apresentaram a universidade, o programa e depois fomos para as entrevistas. Tive 3 entrevistas. Uma com a vice-diretora do programa, uma com um ex-aluno Danforth e uma com o diretor do departamento de escrita da Washington University”.

Este diretor me enviou uma carta escrita à mão me parabenizando, me agradecendo por tudo, dizendo que minha redação foi uma das melhores que ele já leu e que minha história é uma inspiração para ele. É muito legal sentir esse toque pessoal. Faz muita diferença, você se sente muito acolhido”.

“Minha última entrevista foi num sábado e o diretor me ligou para dizer que eu tinha sido escolhido para ganhar a bolsa completa. Fiquei muito feliz, mudou a minha vida por completo. Vão pagar toda minha anuidade e ainda tenho vários privilégios. Porque Danforth é como se fosse uma sociedade fechada dentro da universidade. Além de financiar os alunos, oferece diversas oportunidades. A gente viaja junto, faz projetos juntos, até a moradia é diferente. Foi muita felicidade pra mim e pra minha família”.

 

A seleção das universidades

“Eu estava perdido no começo. A Daqui pra Fora me ajudou porque conhece uma enorme parte das universidades nos EUA. Montamos a lista começando por universidades que fossem muito boas em ciências naturais, a minha área, e que ao mesmo tempo fossem viáveis economicamente”.

“No fim ficou uma lista bem competitiva. Coloquei uma opção segura, uma intermediária e as outras bem competitivas. Foi uma escolha minha. Meu foco era chegar ao meu máximo”.

“Demorei bastante para fechar minha lista e a Washington University foi minha última decisão. Escolhi porque tem a quinta melhor escola de medicina do país e ela é especializada em genética, que é meu interesse. E deu muito certo. Entrei numa top 5 no meu curso nos Estados Unidos com a bolsa que eu precisava”.

Mensagem

“Minha mensagem é baseada no feedback que tive da vice-diretora do meu programa. Ela me disse que ficou claro que durante toda minha preparação não fiz nada forçado, nada que buscasse apenas agradar as universidades”.

“E é verdade. Eu sempre fiz o que eu realmente queria e me envolvi ao máximo. Eu nunca desisti de fazer o que eu gostava para seguir um perfil específico. Na verdade não há perfil específico, você só vai conseguir evoluir de verdade e se mostrar para a universidade, se você fizer o que gosta, se tiver prazer em fazer aquilo. Isso vai ficar estampado nas suas redações e nas suas entrevistas. Se não for verdadeiro, eles percebem rápido. Ela viu isso na minha aplicação.”

Feira de Universidades 2024

De estudante para estudante!

Conheça mais sobre as universidades no exterior com quem está vivendo essa experiência! Estudantes falarão sobre temas relacionados a universidade onde estão.

Início dia 08/04

19h00

Entrevista: Aproveitar as Oportunidades

Entrevista com Katia Allevato. Kátia é mãe do Felipe que recebeu um a excelente bolsa para estudar Ciências da Computação em Michigan State University. Ela irá nos contar como foi a jornada do seu filho ao se preparar para se candidatar para as universidades exterior. Contará sobre as oportunidades que Felipe tem aproveitado nestes primeiros anos dentro e fora da universidade. Falará como é experiência de ter um filho estudando no exterior, falará sobre o que mudou na vida dela e quais mudanças e desenvolvimento percebeu no filho.

18.04

19h00

Quer receber mais informações sobre Faculdade no Exterior?