Planejando com câmbio em alta

Todo planejamento se inicia com um sonho. Quando fazemos as contas, avaliamos os prazos e estimamos nossos sacrifícios, o sonho se transforma em objetivo. A partir do momento em que estratégias são traçadas para que o objetivo se concretize em diferentes cenários, temos, então, um planejamento. Em outras palavras, não basta ter sonhos. É preciso adotar as estratégias corretas para que eles se transformem em realidade.

Quando o cenário é de mudanças intensas (fato comum no Brasil), estratégias que costumam dar certo deixam de funcionar. Novas estratégias devem entrar em cena. Há até pouco tempo, para um filho estudar fora do Brasil bastava aos pais avaliar preços, organizar o fluxo de caixa, poupar a reserva necessária e administrar as emoções de ver o filhote saltar para fora do ninho. Hoje, com o câmbio em novo patamar e ainda com risco de alta, as emoções se multiplicam. A alta nos preços, causada pelo salto no câmbio de mais de 25% em poucos meses, tem levado muitas famílias a desistir de um projeto que já era dado como executado.

Se estivéssemos tratando da compra de um automóvel, faria sentido repensar e trocar um modelo importado por um nacional, ou com um padrão de conforto inferior. O mesmo valeria para a moradia, em que um gasto maior com decoração pode compensar a necessidade de economia no tamanho do imóvel.

Porém, estamos tratando de um projeto de formação educacional e cultural dos filhos. Se a decisão fosse por estudar no Brasil, discutiríamos o cabimento ou não de optar por uma escola bilíngue, ou por uma metodologia restrita a escolas elitizadas. Uma vez que a família ponderou e decidiu sobre as oportunidades que se multiplicam quando viabilizam a seus filhos uma educação multicultural, que os prepara para o mundo e não apenas para um mercado eternamente em crise, que os forma dentro da ética e da cidadania globais, abrindo mão da alegria de estar fisicamente ao lado deles nesse processo de decolar para a vida, não se trata apenas de uma ponderação de custos.

Estamos tratando de oferecer aos filhos o melhor em educação e referência social, nos últimos passos em que podemos contribuir efetivamente antes que eles se tornem adultos e passem a percorrer independentemente seus caminhos. Estamos tratando de proporcionar melhores referências e melhor capacidade de fazerem suas próprias escolhas – escolhas que podem, inclusive, incluir a possibilidade de retornar ao Brasil com uma bagagem diferenciada para que sejam agentes transformadores. É como um investimento que, em vez de ter seu resultado medido pelo retorno financeiro que nós, pais, teremos, será medido pelas múltiplas oportunidades que nossos filhos terão a partir dessa escolha.

Temos, aqui, um sonho que virou objetivo, e que precisa de uma estratégia para garantir seu planejamento. Partamos, então, do princípio de que mesmo com a crise, com a alta do dólar e com incertezas sobre o futuro, não desejamos abrir mão da significativa oportunidade de desenvolvimento para nossos filhos. O objetivo é garantir o custeio da preparação antes do início do curso e também os quatro anos de estudo na universidade.

As medidas necessárias para garantir esse projeto dividem-se em quatro etapas:

1. Sacrifícios para acumulação

Costuma-se dizer que, a uma certa altura da vida, não é mais hora de fazer sacrifícios. Considero essa reflexão um grande engano. Nossas conquistas na vida contribuem para que evitemos alguns sofrimentos, porém o sacrifício, quando fruto de planejamento, pode ser uma prática muito interessante. Quem não topa sacrificar o consumo por alguns meses para conseguir fazer uma viagem interessante? Ou para renovar a decoração da casa? Ou para fazer uma surpresa para celebrar 25 anos de casamento?

Se o grande projeto familiar sairá mais caro do que inicialmente previsto, reúna a família, abra o jogo, combinem esforço em equipe para alcançar o objetivo, e estabeleçam o prêmio ao final da gincana. Para o filho que sairá em viagem, o prêmio será a realização de seu sonho. Para os que ficam, será uma viagem de fim de semana em família, por exemplo. É melhor sacrificar um pouco mais e viabilizar prêmios para todos. Caso contrário, os demais membros da família podem se sentir prejudicados pelo esforço e talvez não colaborem – mesmo que inconscientemente.

Quanto maior o prazo de preparação (algumas famílias começam a se preparar três anos antes do início do curso universitário), melhores serão os resultados do sacrifício, mas também mais difícil será manter a disciplina. Não se esqueça de reunir o time de tempos em tempos, avaliar os resultados alcançados e reconhecer os esforços de cada um. Motivação é o alimento da disciplina!

2. Defesa contra o câmbio

O Calcanhar de Aquiles do nosso planejamento é a incerteza quanto ao câmbio. Devemos, portanto, eliminar esse problema o quanto antes. Isso se faz comprando dólares regularmente, e intensificando as compras nos períodos em que o câmbio recua e o real se valoriza. Há quatro caminhos mais comuns utilizados para se defender da variação cambial:

  1. Comprar regularmente dólar ou a moeda do país em que o filho estudará. Uma vez que US$ 100 são comprados, você continuará tendo US$ 100 independentemente de variações no câmbio. O mesmo vale para a inserção de créditos em cartões pré-pagos – atente, porém, para o prazo de vencimento do depósito feito.
  2. Investir em fundos cambiais em bancos brasileiros. Tais fundos investem em títulos lastreados em dólar, o que significa que seu saldo em Reais aumentará caso o dólar aumente, e cairá caso o Real se valorize.
  3. Abrir uma conta e investir no exterior. Muitos bancos oferecem isenção de tarifas para quem mantém saldos de pelo menos US$ 30 mil. O custo se limita ao envio das divisas, prática que é lícita e pode ser declarada no Imposto de Renda.
  4. Adiantar a quitação de alguns compromissos em dólar. Passagens aéreas podem ser compradas, com bom desconto, pelo menos doze meses antes da viagem, e ainda podem ser parceladas em reais (sem o risco cambial). O pagamento antecipado de aluguéis costuma garantir não só a defesa contra o câmbio, mas também bons descontos.

O objetivo, em qualquer das quatro opções acima, não é rentabilizar as reservas, mas sim garantir que o saldo já conquistado garanta o pagamento de algum elemento do planejamento.

3. Inteligência de consumo

Muitas famílias desperdiçam uma boa oportunidade de economizar nos planos de estudar fora, ao desprezar a oportunidade de ganhar milhas com o uso do cartão de crédito. O típico padrão de consumo e relacionamento bancário de uma família que planeja o estudo de filhos no exterior a qualifica para adquirir cartões de fidelização que rendem milhas aéreas, geralmente sem a necessidade de pagar anuidades. Trechos aéreos só de ida ou de volta podem ser adquiridos com certa facilidade com apenas 30.000 milhas acumuladas, desde que se tenha alguma flexibilidade na data da viagem e se pesquise oportunidades com alguma regularidade. 30.000 milhas equivalem a um consumo de cerca de 20 mil dólares em um cartão de crédito que acumule 1,5 milha por dólar gasto. Portanto, organize-se e concentre seus gastos no cartão de crédito!

4. Plano B

Se o valor de seu objetivo pode mudar e suas possibilidades de acumulação, de investimentos e de milhas estão esgotadas, tenha em mente um ou mais Planos B para adequar o planejamento de última hora. Por exemplo, um automóvel pode ser vendido ou refinanciado, para gerar caixa e ser reposto com juros não muito elevados. Pode-se também pedir um empréstimo com imóvel oferecido como garantia, o que viabiliza recursos com juros próximos dos praticados nos financiamentos imobiliários. Você é contra dívidas? Eu também. Mas, quando o crédito é usado para gerar renda ou para viabilizar projetos de vida, o nome a ser adotado é alavancagem. Alavancar é contar com recursos de terceiros (a alavanca) para realizar o projeto que nos trará resultados positivos que não conseguiríamos se contássemos apenas com recursos próprios. Perceba a diferença entre alavancagem e dívida: o projeto deve gerar resultados financeiros positivos. Use o crédito, portanto, com consciência e ponderação.

Colocando em prática as estratégias que apresento, seu planejamento tem ótimas chances de ser bem-sucedido, mesmo que com o objetivo custando mais caro do que o inicialmente planejado – o que é perfeitamente aceitável quando não se trata de consumo, mas sim de um projeto de vida.

Aos conscientes, bom proveito! Seus filhos terão uma vida inteira para colher e agradecer!

*Este artigo foi publicado originalmente em 2015 e foi adaptado para uma nova publicação em 2020.

Gustavo Cerbasi (www.gustavocerbasi.com.br) é especialista em educação financeira. Instagram: @GustavoCerbasi. YouTube: GustavoCerbasibr

Por Gustavo Cerbasi*

Planejamento financeiro para a faculdade no exterior

Uma das vantagens de fazer faculdade fora do Brasil é o diferencial que esse tipo de curso promove para a carreira dos jovens. Porém, é preciso elaborar um planejamento financeiro, já que os custos de estudos no exterior podem pesar no orçamento, se tudo não for bem calculado.

Mas não é impossível garantir ao seu filho uma educação de qualidade em uma instituição estrangeira. Você só precisa se organizar junto da sua família para que seja viável conciliar a formação lá fora ao seu padrão de vida.

Por isso, preparamos este artigo para te ajudar a entender como se planejar e não ter nenhuma dificuldade para organizar suas finanças durante esse período. Continue lendo e saiba o que deve ser feito para dar esse suporte tão importante ao seu filho, sem trazer impactos negativos ao orçamento.

A necessidade do planejamento financeiro

Para qualquer tipo de investimento que vamos fazer, é preciso, antes, avaliar a situação financeira para saber se de fato é possível ou não efetivá-lo. Em alguns casos, é necessário fazer um planejamento estratégico para que as metas e objetivos sejam alcançados.

Afinal, tudo aquilo que envolve somas em dinheiro precisa ser pensado de uma forma cautelosa, para que não haja imprevistos que venham interferir negativamente nos planos. E isso não muda quando o assunto são os custos de estudos no exterior.

Mesmo que a renda da família seja suficiente para arcar com as despesas durante todos esses anos, é fundamental que a situação financeira esteja muito bem programada. Isso garantirá o conforto do jovem que vai estudar fora e de quem ficará aqui no Brasil.

Fazer um planejamento financeiro para pagar uma faculdade estrangeira é muito importante para que você tenha total controle de seu orçamento. Isso te dará uma visão realista da sua renda e de como ela pode ser usada.

Afinal, precisamos considerar que se trata de um período longo no qual devem ser considerados diversos fatores diferentes que vão exigir um investimento. Esse é o caso da mensalidade, estadia, transporte, alimentação, livros e materiais acadêmicos, entre outros.

Portanto, para arcar com os custos de estudos no exterior para o seu filho, você precisa planejar-se e ter uma visão realista da sua situação financeira. E existem alguns detalhes que não podem ser esquecidos, veja-os a seguir.

Analise quanto poderá investir

Ao considerar trocar de carro, por exemplo, a primeira coisa que você deve fazer é ter em mente quanto pode aplicar no modelo novo, certo? O mesmo acontece na hora de arcar com os custos de estudo no exterior para o seu filho.

É fundamental que faça uma análise detalhada da sua situação financeira para que consiga mensurar o valor que pode dispor para esse investimento. Dessa forma, pode planejar com mais consistência os anos que o jovem ficará fora de casa.

Não há como dar um passo tão significativo sem saber onde está pisando. Então, avalie a renda da família sem esquecer nenhum detalhe. Essa é uma etapa fundamental que precisa ser feita de forma fiel à sua realidade.

Assim, vocês definirão qual faculdade pode ser custeada e planejarão os anos de estudo sem comprometer a estabilidade das finanças.

Tenha comprometimento para economizar dinheiro

Infelizmente nem sempre é possível alcançar grandes metas sem fazer alguns sacrifícios. Na verdade, na maioria das vezes é necessário um esforço conjunto para que se consiga atingir um grande objetivo.

Para que os custos de estudo no exterior não venham impactar negativamente as finanças, talvez seja necessária uma readequação da forma como o dinheiro é investido.

Apesar de falarmos em sacrifício, é mais inteligente dizer que devemos deixar de gastar com supérfluos para nos dedicarmos a algo que realmente trará bons retornos.

Pagar uma faculdade fora do Brasil para o seu filho é um dos melhores investimentos que você pode fazer a ele e também à família de um modo geral. Por isso, se ele quiser cursar uma instituição cuja mensalidade é alta, talvez seja a hora de repensar os gastos e se comprometer a economizar dinheiro.

Lembrando que esse precisa ser um esforço conjunto, portanto, deve ser debatido em família para que todos compreendam a importância de apoiar o jovem que pretende estudar fora. O sacrifício deve partir de todos para que de fato se alcance a meta.

Motivar cada um dos membros é uma medida interessante e ela pode ser feita por meio de recompensas, como um passeio. Dessa forma, embora tenham deixado de gastar com alguns supérfluos, todos poderão desfrutar desse esforço conjunto e verão que valeu a pena.

Busque alternativas para fazer economia

Ao analisar a sua situação financeira você poderá se deparar com alguns detalhes que podem ser melhorados para que se consiga fazer um pouco de economia. Esse é o caso, por exemplo, do refinanciamento de uma dívida.

Se você tem um carro que ainda não está quitado, uma opção é vendê-lo e trocar por um modelo que traga menos despesas ou então refinanciá-lo para que a dívida fique menor. Também existe a possibilidade de fazer um empréstimo oferecendo um imóvel como garantia para desfrutar dos juros, que são muito próximos daqueles de financiamentos imobiliários.

Investir um valor mensalmente também é uma excelente forma de acumular patrimônio. Você pode escolher uma opção de aplicação que ofereça bons retornos e juros compostos que favoreçam uma multiplicação atrativa do valor inicial.

Uma alternativa também bastante interessante é trabalhar com cartão de crédito e acumular milhas. Você só precisa manter o controle daquilo que é gasto para não ficar com dívidas muito altas.

No mais, em detalhes do dia a dia e nos hábitos de consumo é possível fazer pequenas economias que juntas terão um grande impacto positivo no final. Cabe a você e sua família identificarem aquilo que pode ser economizado e se comprometerem com isso.

No vídeo abaixo você encontra informações relevantes sobre como realizar o planejamento financeiro ideal para que seu filho possa fazer faculdade no exterior:

Duas estratégias que podem ajudar

Além de todas essas medidas que podem ser adotadas para você planejar as suas finanças e arcar com os custos de estudos no exterior, também existem outras duas opções. Elas podem fazer toda a diferença para que as suas estratégias sejam mais inteligentes e os impactos financeiros menores. Confira a seguir.

Considere a conquista de uma bolsa de estudos

Assim como aqui no Brasil, as universidades do exterior também oferecem bolsas de estudo atrativas aos estudantes que desejam ingressar nelas. Essa é uma excelente alternativa para reduzir os custos do curso ou até mesmo o jovem fazê-lo de graça.

Mas é claro que as bolsas precisam ser conquistadas por mérito, então, é importante se informar a respeito do processo de seleção para que seu filho possa se preparar e tentar um desses incentivos ao entrar em uma universidade estrangeira.

Conte com uma assessoria

Existem empresas que fazem a assessoria de jovens que pretendem estudar no exterior. Elas auxiliam tanto com o processo de seleção como acompanham toda a trajetória do jovem enquanto ele estiver fora.

Contar com uma delas é interessante para que você possa estar ciente de todo o processo e encontre alternativas que estejam mais adequadas a sua realidade financeira. Assim, fica mais fácil fazer esse investimento sem comprometer as finanças.

É perfeitamente possível arcar com os custos de estudos no exterior sem acumular dívidas por causa disso. Você só precisa ter consciência da sua situação financeira para planejar-se de uma forma estratégica.

Nesse momento, é interessante ter o apoio de toda a família e contar com uma assessoria especializada, pois ela faz toda a diferença ao simplificar esse processo.

Gostou das dicas do nosso artigo? Então assine a nossa newsletter para ter acesso a mais conteúdos interessantes e úteis como este.

Por que investir em uma faculdade no exterior para o seu filho?

Um dos maiores desejos dos pais é ver seus filhos crescerem, se desenvolverem e alcançarem boas oportunidades. Mas o mercado de trabalho atual exige dos profissionais um diferencial para que se destaquem. Por isso, fazer uma faculdade no exterior é uma forma de enriquecer o currículo e oferecer esse algo mais que as empresa procuram.

Porém, muitos jovens e suas famílias têm dúvidas se isso, de fato, seria viável. Então, preparamos este artigo para mostrar algumas vantagens de fazer cursos no exterior para que você compreenda melhor de que forma isso pode contribuir para a carreira e o futuro do seu filho. Acompanhe!

O diferencial de fazer uma faculdade no exterior

O mercado de trabalho se torna mais competitivo a cada dia, exigindo que os profissionais tenham um diferencial para enriquecer o currículo e conquistar boas vagas. Por isso, somente ter uma graduação pode não ser suficiente para alcançar o destaque desejado.

Nesse contexto, muitos estudantes têm optado por fazer uma faculdade no exterior. Afinal, essa é uma excelente oportunidade para ter contato não somente com uma cultura diferente, mas também com novas tendências e tecnologias que ainda não são aplicadas aqui no Brasil.

A vivência lá fora traz um crescimento muito grande para os jovens, tanto no âmbito acadêmico como profissional e pessoal. Afinal, as cobranças são diferentes das daqui, bem como os métodos de ensino e a forma como os jovens são preparados para o mercado.

Essa experiência, além de possibilitar acumular muito conhecimento e ter uma formação diferenciada, também ajuda a desenvolver outras habilidades. É uma etapa de amadurecimento que possibilita ao estudante se preparar melhor para os desafios que enfrentarão ao longo da sua vida.

Por isso, é interessante aproveitar as chances que surgem para construir uma carreira de muito sucesso. Fazer uma faculdade no exterior é uma excelente oportunidade e faz toda a diferença para aumentar a competitividade no mercado.

As vantagens de estudar no exterior

Fazer uma faculdade no exterior realmente é uma mudança muito grande na vida dos jovens e suas famílias. Porém, essa é uma experiência extremamente positiva para todos, já que os pais estão auxiliando seus filhos a se desenvolverem tanto pessoal como profissionalmente.

Para o jovem, é o momento de aproveitar essa fase em que está se preparando para construir uma carreira sólida e de sucesso. Ao mesmo tempo, ele tem a oportunidade de conhecer pessoas diferentes, novas culturas e expandir a sua visão de mundo.

É por isso que optar por fazer uma faculdade no exterior traz diversas vantagens, como as que listamos a seguir:

Excelência acadêmica

As universidades no exterior se destacam pela sua excelência acadêmica, que possibilita a formação de profissionais com melhor preparo para entrar no mercado de trabalho.

O Brasil conta com algumas boas instituições de ensino, porém, é um diferencial de grande peso estudar em uma que esteja num país estrangeiro.

De acordo com o prestigiado ranking da Times Higher Education, 57 das 100 melhores universidades do mundo estão nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. A universidade brasileira mais bem colocada no ranking é a USP, que ocupa a posição 250-350º.

Oportunidades de desenvolvimento

O modelo de ensino das universidades estrangeiras permite que os estudantes desfrutem de diversas iniciativas que irão proporcionar um grande desenvolvimento de habilidades que irão ser importantes na carreira do estudante, tanto técnicas como interpessoais.

Por exemplo, as universidades possuem diversos clubes e associações em que os estudantes poderão ter uma experiência bem próxima de situações que são cotidianas no mercado de trabalho, como administrar um negócio, debater e falar em público.

Possibilidade de desenvolvimento pessoal

Como dito, fazer faculdade no exterior também é uma oportunidade de desenvolvimento pessoal. Isso começa com a necessidade de desenvolver a independência, já que a família estará mais distante e será necessário amadurecer para cuidar de si mesmo.

Também são necessárias muitas habilidades, como organização e disciplina, ambas essenciais para quem está começando a construir a sua carreira. Elas são indispensáveis para a construção da personalidade e do caráter, formando um cidadão consciente.

Não podemos deixar de citar que fazer uma faculdade no exterior possibilita não somente ter o contato com a cultura daquele país, como também de outros. Afinal, essas instituições recebem estudantes vindos de todo mundo, o que possibilita conhecer pessoas diferentes, com costumes e crenças aos quais o jovem não está acostumado.

Essa é uma excelente oportunidade não só para que ele amplie o seu conhecimento acadêmico e se forme profissionalmente, mas também para que conheça um mundo diferente daquele ao qual está acostumado.

Maior chance de projeção para o mercado de trabalho

Como foi dito, fazer uma faculdade no exterior é um excelente diferencial para se destacar no mercado de trabalho. Com um diploma de uma universidade renomada, as chances são maiores tanto para fazer carreira no país onde o jovem estudará, quanto no Brasil.

No segundo caso, ter um diploma de uma instituição estrangeira mostra que o jovem está muito melhor preparado por conta de toda a experiência e conhecimento que acumulou durante o seu preparo.

As portas se abrem de uma forma muito mais rápida e trazendo excelentes oportunidades para que ele consiga ocupar bons cargos e trilhar uma carreira de sucesso. Afinal, as empresas conhecem a qualidade do ensino fora do Brasil e têm interesse em reter talentos que carregam esse diferencial.

Por isso e muito mais, fazer uma faculdade no exterior é uma das melhores decisões que você pode tomar em conjunto com o seu filho.

Dessa forma, ele terá mais opções para construir a sua carreira e encontrará diversas oportunidades pelo caminho, conseguindo um grande destaque na área em que escolher atuar.

Quer ter acesso a outros conteúdos interessantes como este? Então assine nossa newsletter para recebê-los diretamente em seu e-mail.

Planejamento para faculdade no exterior com o câmbio em alta

Por Gustavo Cerbasi

Todo planejamento se inicia com um sonho. Quando fazemos as contas, avaliamos os prazos e estimamos nossos sacrifícios, o sonho se transforma em objetivo. A partir do momento em que estratégias são traçadas para que o objetivo se concretize em diferentes cenários, temos, então, um planejamento. Em outras palavras, não basta ter sonhos. É preciso adotar as estratégias corretas para que eles se transformem em realidade.

Quando o cenário é de mudanças intensas (fato comum no Brasil), estratégias que costumam dar certo deixam de funcionar. Novas estratégias devem entrar em cena. Há até pouco tempo, para um filho estudar fora do Brasil bastava aos pais avaliar preços, organizar o fluxo de caixa, poupar a reserva necessária e administrar as emoções de ver o filhote saltar para fora do ninho.

Hoje, com o câmbio em novo patamar e ainda com risco de alta, as emoções se multiplicam. A alta nos preços, causada pelo salto no câmbio de mais de 50% em poucos meses, tem levado muitas famílias a desistir de um projeto que já era dado como executado.

Se estivéssemos tratando da compra de um automóvel, faria sentido repensar e trocar um modelo importado por um nacional, ou com um padrão de conforto inferior. O mesmo valeria para a moradia, em que um gasto maior com decoração pode compensar a necessidade de economia no tamanho do imóvel.

Porém, estamos tratando de um projeto de formação educacional e cultural dos filhos. Se a decisão fosse por estudar no Brasil, discutiríamos o cabimento ou não de optar por uma escola bilíngue, ou por uma metodologia restrita a escolas elitizadas.

Uma vez que a família ponderou e decidiu sobre as oportunidades que se multiplicam quando viabilizam a seus filhos uma educação multicultural, que os prepara para o mundo e não apenas para um mercado eternamente em crise, que os forma dentro da ética e da cidadania globais, abrindo mão da alegria de estar fisicamente ao lado deles nesse processo de decolar para a vida, não se trata apenas de uma ponderação de custos.

Estamos tratando de oferecer aos filhos o melhor em educação e referência social, nos últimos passos em que podemos contribuir efetivamente antes que eles se tornem adultos e passem a percorrer independentemente seus caminhos.

Estamos tratando de proporcionar melhores referências e melhor capacidade de fazerem suas próprias escolhas – escolhas que podem, inclusive, incluir a possibilidade de retornar ao Brasil com uma bagagem diferenciada para que sejam agentes transformadores.

É como um investimento que, em vez de ter seu resultado medido pelo retorno financeiro que nós, pais, teremos, será medido pelas múltiplas oportunidades que nossos filhos terão a partir dessa escolha.

Temos, aqui, um sonho que virou objetivo, e que precisa de uma estratégia para garantir seu planejamento. Partamos, então, do princípio de que mesmo com a crise, com a alta do dólar e com incertezas sobre o futuro, não desejamos abrir mão da significativa oportunidade de desenvolvimento para nossos filhos.

O objetivo é garantir o custeio da preparação antes do início do curso e os quatro anos de estudo na universidade.

As medidas necessárias para garantir esse projeto dividem-se em cinco etapas.

Sacrifícios para acumulação

Costuma-se dizer que, a uma certa altura da vida, não é mais hora de fazer sacrifícios. Considero essa reflexão um grande engano. Nossas conquistas na vida contribuem para que evitemos alguns sofrimentos, porém o sacrifício, quando fruto de planejamento, pode ser uma prática muito interessante.

Quem não topa sacrificar o consumo por alguns meses para conseguir fazer uma viagem interessante? Ou para renovar a decoração da casa? Ou para fazer uma surpresa para celebrar 25 anos de casamento?

Se o grande projeto familiar sairá mais caro do que inicialmente previsto, reúna a família, abra o jogo, combinem esforço em equipe para alcançar o objetivo, e estabeleçam o prêmio ao final da gincana.

Para o filho que sairá em viagem, o prêmio será a realização de seu sonho. Para os que ficam, será uma viagem de fim de semana em família, por exemplo. É melhor sacrificar um pouco mais e viabilizar prêmios para todos.

Caso contrário, os demais membros da família podem se sentir prejudicados pelo esforço e talvez não colaborem – mesmo que inconscientemente.

Quanto maior o prazo de preparação (algumas famílias começam a se preparar três anos antes do início do curso universitário), melhores serão os resultados do sacrifício, mas também mais difícil será manter a disciplina.

Não se esqueça de reunir o time de tempos em tempos, avaliar os resultados alcançados e reconhecer os esforços de cada um. Motivação é o alimento da disciplina!

Multiplicação eficiente

Atenção aos investimentos! Avalie cuidadosamente as alternativas que seu banco oferece, e não despreze oportunidades oferecidas por outros bancos, principalmente os bancos menores.

Lembre-se que instituições menores precisam se esforçar mais para conquistar e manter clientes, e por isso tendem a oferecer produtos de desempenho mais vantajoso.

Se deixarmos de lado os investimentos especulativos como fundos de ações, os produtos conservadores são, via de regra, mais eficientes em instituições de menor porte.

Você teme a falência de bancos menores? Lembre-se que saldos de até R$ 250.000 investidos na maioria dos produtos de renda fixa são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que significa a garantia dos recursos mesmo em caso de quebra ou intervenção na instituição.

Pequenas diferenças no rendimento podem fazer boa diferença no final de dois ou mais anos. Por exemplo, R$ 1.000 aplicados mensalmente em um investimento que rende 0,7% ao mês resultarão em R$ 26.217 ao final de dois anos. Se o rendimento médio mensal for de 1,0% ao mês, o resultado sobe para R$ 27.243.

Aplicação de R$ 1.000 mensais
Após 2 anos Após 3 anos
Resultado com rendimento de 0,7% ao mês R$ 26.217,17 R$ 41.066,47
Resultado com rendimento de 1,0% ao mês R$ 27.243,20 R$ 43.507,65

 

Outro exemplo: se R$ 80.000 estiverem aplicados com rendimento de 0,7% ao mês, permitirão saques mensais de R$ 1.968 ao longo de quatro anos. Se o rendimento for de 1,0% ao mês, os saques mensais subirão para R$ 2.107.

R$ 80.000 aplicados hoje, visando saques mensais por 4 anos
Com rendimento de 0,7% ao mês R$ 1.968,09
Com rendimento de 1,0% ao mês R$ 2.106,71

Defesa contra o câmbio

O Calcanhar de Aquiles do nosso planejamento é a incerteza quanto ao câmbio. Devemos, portanto, eliminar esse problema o quanto antes.

Isso se faz comprando dólares regularmente, e intensificando as compras nos períodos em que o câmbio recua e o real se valoriza. Há quatro caminhos mais comuns utilizados para se defender da variação cambial:

1. Comprar regularmente dólar ou a moeda do país em que o filho estudará. Uma vez que US$ 100 são comprados, você continuará tendo US$ 100 independentemente de variações no câmbio.

O mesmo vale para a inserção de créditos em cartões pré-pagos – atente, porém, para o prazo de vencimento do depósito feito.

2. Investir em fundos cambiais em bancos brasileiros. Tais fundos investem em títulos lastreados em dólar, o que significa que seu saldo em Reais aumentará caso o dólar aumente, e cairá caso o Real se valorize.

3. Abrir uma conta e investir no exterior. Muitos bancos oferecem isenção de tarifas para quem mantém saldos de pelo menos US$ 30 mil. O custo se limita ao envio das divisas, prática que é lícita e pode ser declarada no Imposto de Renda, da mesma forma que as duas anteriores.

4. Adiantar a quitação de alguns compromissos em dólar. Passagens aéreas podem ser compradas, com bom desconto, pelo menos doze meses antes da viagem, e ainda podem ser parceladas em reais (sem o risco cambial). O pagamento antecipado de aluguéis costuma garantir não só a defesa contra o câmbio, mas também bons descontos.

O objetivo, em qualquer das quatro opções acima, não é rentabilizar as reservas, mas sim garantir que o saldo já conquistado garanta o pagamento de algum elemento do planejamento.

Inteligência de consumo

Muitas famílias desperdiçam uma boa oportunidade de economizar nos planos de estudar fora, ao desprezar a oportunidade de ganhar milhas com o uso do cartão de crédito.

O típico padrão de consumo e relacionamento bancário de uma família que planeja o estudo de filhos no exterior a qualifica para adquirir cartões de fidelização que rendem milhas aéreas, geralmente sem a necessidade de pagar anuidades.

Trechos aéreos só de ida ou de volta podem ser adquiridos com certa facilidade com apenas 30.000 milhas acumuladas, desde que se tenha alguma flexibilidade na data da viagem e se pesquise oportunidades com alguma regularidade.

As 30.000 milhas equivalem a um consumo de cerca de 20 mil dólares em um cartão de crédito que acumule 1,5 milha por dólar gasto. Portanto, organize-se e concentre seus gastos no cartão de crédito!

Plano B

Se o valor de seu objetivo pode mudar e suas possibilidades de acumulação, de investimentos e de milhas estão esgotadas, tenha em mente um ou mais Planos B para adequar o planejamento de última hora.

Por exemplo, um automóvel pode ser vendido ou refinanciado, para gerar caixa e ser reposto com juros não muito elevados. Pode-se também pedir um empréstimo com imóvel oferecido como garantia, o que viabiliza recursos com juros próximos dos praticados nos financiamentos imobiliários.

Você é contra dívidas? Eu também. Mas, quando o crédito é usado para gerar renda ou para viabilizar projetos de vida, o nome a ser adotado é alavancagem.

Alavancar é contar com recursos de terceiros (a alavanca) para realizar o projeto que nos trará resultados positivos que não conseguiríamos se contássemos apenas com recursos próprios.

Perceba a diferença entre alavancagem e dívida: o projeto deve gerar resultados financeiros positivos. Use o crédito, portanto, com consciência e ponderação.

Colocando em prática as estratégias que apresento, seu planejamento tem ótimas chances de ser bem-sucedido, mesmo que com o objetivo custando mais caro do que o inicialmente planejado – o que é perfeitamente aceitável quando não se trata de consumo, mas sim de um projeto de vida.

Aos conscientes, bom proveito! Seus filhos terão uma vida inteira para colher e agradecer!

 

Gustavo Cerbasi (www.maisdinheiro.com.br) é especialista em educação financeira. Twitter e Periscope: @gcerbasi. Facebook: Gustavo Cerbasi (Oficial). Instagram: @GustavoCerbasi

Como escolher as melhores opções de universidades

Para quem deseja iniciar seu processo de candidatura para fazer faculdade nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, é fundamental realizar um planejamento, já que é preciso definir o que terá de ser feito, quando fazer e como fazer.

Esse planejamento será como um guia para o estudante durante todo o processo, fazendo com que ele se mantenha na direção correta.

Uma das principais etapas do processo de candidatura é a seleção de universidades.

É preciso ser muito racional nessa etapa. O estudante precisa conhecer a si próprio e ser realista com seu perfil acadêmico para saber quais serão suas melhores opções de universidades e suas reais chances de admissão nessas instituições.

Por exemplo, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama não se sentiu confortável em seu primeiro ano na Occidental College, em Los Angeles. Procurando um ambiente mais urbano e diverso, decidiu se transferir para Columbia University, em New York City, onde se adaptou melhor e concluiu sua graduação.

Como definir as opções de universidades

Veja no infográfico abaixo quais são os principais fatores a serem considerados ao montar sua lista de universidades:

Podemos ajudar você a entender quais serão as melhores opções de faculdade para você de acordo com seu perfil, e quais serão as melhores bolsas de estudo que você poderá conseguir.

Se você quiser receber mais conteúdos relevantes para ajudar no seu processo de fazer faculdade no exterior, assine agora a nossa newsletter.

Como funciona o pagamento das universidades

Nosso consultor Felipe Rosário, um dos maiores especialistas em graduação no exterior do Brasil, falar sobre como é feito o pagamento das universidades.

Veja mais vídeos e siga o canal da Daqui pra Fora no Youtube!

Se você quiser acompanhar mais conteúdos relevantes sobre o processo para fazer faculdade no exterior, assine agora a nossa newsletter.