Como é o Processo Seletivo das Universidades no Exterior?

Se o seu plano é fazer faculdade no exterior, antes de mais nada você precisa entender como funciona o processo seletivo dessas universidades. Conhecer o passo a passo desse caminho é fundamental. Vamos entender como ele funciona?

Como é o Processo Seletivo?

O processo seletivo para ingressar em universidades no exterior, especialmente nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, vai muito além de uma prova. Nestes países, as instituições avaliam o aluno como um todo. O processo envolve várias etapas e leva em conta diferentes aspectos do candidato.

O ponto mais importante para essas universidades é conhecer o aluno a fundo e se certificar de que o seu perfil combina com o perfil da instituição para que ele tenha sucesso.

Mas fique atento: as exigências podem variar de país para país e de universidade para universidade, assim como a ênfase que é dada para cada uma das etapas. Por exemplo, atividades extracurriculares são muito importantes nos Estados Unidos, mas no Canadá elas têm pouca relevância e na Inglaterra, praticamente não são levadas em consideração.

A seguir vamos conhecer todas as etapas que você pode encontrar durante um processo seletivo para universidades no exterior:

Histórico Escolar

No processo seletivo de uma universidade no exterior, um dos primeiros aspectos observados é o histórico escolar do aluno, que engloba as notas dos quatro últimos anos da escola (do 9º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio).

Um desempenho positivo nessa etapa demonstra que você leva a sério os estudos e poderá se tornar um bom aluno na universidade. Melhoras significativas nesses últimos anos também agradam os avaliadores. Esse é um requisito levado em conta por todas as universidades. Mas é importante ressaltar que você não precisa ser o melhor aluno da turma para conseguir entrar em excelentes universidades americanas, canadenses e inglesas.

Notas do SAT/ACT/ENEM

Assim como o ENEM, o SAT e o ACT  são provas internacionais padronizadas que avaliam o conhecimento do aluno ao final do Ensino Médio.

Para uma universidade no exterior, especialmente nos Estados Unidos, a nota do SAT ou do ACT era um dos principais componentes do processo seletivo. Contudo, atualmente muitas das universidades não exigem mais essas provas deixando opcional para o aluno, o que é chamado Test-Optional. Ainda sim, realizar essas provas pode contribuir para uma candidatura mais competitiva.

É importante lembrar que cada universidade tem seus próprios padrões para definir o que é uma “boa nota”. Por isso, mesmo as provas sendo padronizadas, ser aceito ou não depende de quais instituições você vai aplicar.

No Canadá muitas universidades aceitam a nota do ENEM como uma das etapas de avaliação. É sempre preciso checar com cada instituição escolhida se o exame brasileiro é aceito. Nos Estados Unidos e na Inglaterra o ENEM ainda é pouco utilizado.

Novamente, tirar nota excelente neste exame ajuda bastante, mas não assegura vaga na universidade que você deseja. No exterior eles acreditam que você é mais que uma nota, lembra? E tem mais: as notas dos outros candidatos podem ser muito parecidas com a sua. Por isso, é importante prestar atenção em todos os critérios e etapas que podem te diferenciar.

 

Notas do TOEFL/IELTS

O TOEFL (Test of English as a Foreign Lenguage) e o IELTS (International English Language Testing System) são testes obrigatórios que medem a proficiência e a fluência do aluno na língua inglesa.

Para faculdades no Reino Unido, é recomendado o IELTS, pois é um teste britânico. Mas também pode ser aceito em outros países.

O TOEFL (que pode ser traduzido como Teste de Inglês como Segunda Língua) é aplicado para quem quer ingressar em universidades dos Estados Unidos e Canadá. Existem dois tipos de TOEFL, o IBT (feito online) e o ITP (off-line – feito com papel e caneta). Confira aqui as diferenças entre eles e procure definir qual é a melhor opção para você.

Conseguindo a nota mínima exigida pela universidade neste teste, você demonstra para os avaliadores que consegue acompanhar as aulas em inglês e também que é capaz de se relacionar no dia a dia com professores e alunos. Por isso, ele é fundamental para sua aprovação.

Como cada instituição estabelece uma nota mínima para esse exame, verifique os requisitos das universidades para as quais você pretende aplicar.

 

Cartas de Recomendação

Pouco comuns aqui no Brasil, as cartas de recomendação são muito importantes no processo seletivo em universidades nos Estados Unidos. Precisam ser escritas por pessoas que conhecem você a fundo, geralmente professores e coordenadores, e devem conter suas qualidades como aluno e como pessoa.

Elas são o instrumento que os avaliadores utilizam para conhecer o aluno pelo ponto de vista de quem trabalhou diretamente com ele durante sua trajetória como estudante. São fundamentais para ajudar a universidade a traçar o seu perfil acadêmico comparado com outros alunos da sua turma e ver se combina com o perfil dela.

Mais uma vez, não há um único perfil exigido ou esperado. Cada instituição busca alunos que tenham mais a sua cara.

 

Atividades Extracurriculares

Quem chega para estudar em uma universidade no exterior se depara logo de cara com uma infinidade de atividades extracurriculares. E não é à toa. Estas instituições acreditam demais no aprendizado fora da sala de aula.

Por isso, as atividades extracurriculares que você realiza ou já realizou fora da classe ou da escola são muito importantes no processo seletivo. Afinal, alunos engajados em diferentes atividades têm mais chances de ter sucesso nessa nova atmosfera.

Elas ainda mostram para os avaliadores os seus interesses, suas habilidades e suas experiências. Tudo isso ajuda a definir para eles quem você é.

Então, se você já fez ou faz parte de grupos de artes, música, esportes, teatro, dança, se já participou de pesquisas, de competições científicas ou voluntariado, deve contar tudo a eles. Não deixe de descrever o papel que desempenhou nessas atividades. Liderança, engajamento e pro-atividade são características muito bem vistas pelos avaliadores.

 

Redações

Esta é uma peça fundamental no quebra-cabeça que a universidade monta para descobrir quem você é. As Redações, ou Essays, falam de forma mais direta à instituição sobre a sua personalidade. Os temas são definidos pela banca avaliadora de cada universidade, mas tenha em mente que você vai sempre escrever sobre algo pessoal.

Pode ser sobre o que te motiva a escolher aquela universidade. Pode ser sobre o que te inspira na vida, sobre momentos importantes que você viveu, sobre seus sonhos, acertos e erros, oportunidades, conquistas da sua vida.

Para que a banca possa avaliar se o seu perfil se assemelha com o da universidade, você precisa antes de mais nada se conhecer muito bem, além de, claro, ser sincero e autêntico no seu Essay e prender a atenção logo no início do texto.

Mas o mais importante é apresentar um texto muito bem escrito (em inglês, claro), e com a estrutura esperada por eles. Por isso, é imprescindível uma boa preparação.

 

 Entrevistas

Algumas universidades nos Estados Unidos, geralmente as mais competitivas, têm ainda uma etapa com uma entrevista. Ela é feita em inglês por um representante da instituição e tem a mesma finalidade das redações: conhecer melhor o aluno.

Como são instituições mais disputadas, o Departamento de Admissão pode querer saber mais sobre alguns alunos e vai buscar nessa entrevista informações que ainda não apareceram no processo de candidatura. É a última etapa da avaliação e é utilizada pela banca quando eles precisam decidir entre candidatos muito parecidos. Eles usam a entrevista para checar se as redações realmente condizem com o que o aluno é.

 

Portfólios

Esta é uma exigência apenas para estudantes que aplicam para cursos relacionados a Artes, como moda, artes plásticas, design, arquitetura, dança, cinema, música e teatro. As faculdades pedem que os alunos enviem um portfólio com seus melhores trabalhos. O objetivo é avaliar se o estudante tem técnica e talento para aquela atividade específica.

 

Como uma Consultoria Pode te Ajudar

Como você viu, o processo seletivo para estudar numa faculdade no exterior pode ser extenso. Mas perfeitamente possível de ser concluído com sucesso. Porém ,dar conta de tudo não é fácil para a maioria dos alunos. É uma jornada muito pessoal que exige preparação e orientação, principalmente na hora de escolher para quais universidades aplicar, como enviar uma candidatura forte e maximizar suas chances de aprovação.

Uma consultoria educacional pode auxiliar você nessa caminhada. A Daqui pra Fora assessorou nos últimos 18 anos mais de 3.000 estudantes a conquistarem o objetivo de fazer faculdade no exterior. Temos uma equipe grande e especializada, que vai saber direcionar os seus esforços, fazendo com que você foque exatamente no que precisa. Sem sair da rota nem perder tempo e energia.

Quer saber mais? Entre entre em contato conosco.

Quais são as datas e locais do SAT no 1° semestre de 2024?

O SAT (Scholastic Aptitude Test) é a prova de conhecimento mais utilizada pelas universidades americanas durante o processo seletivo. É uma das ferramentas mais importantes e tradicionais na avaliação do perfil acadêmico dos candidatos. A nota do SAT também é um instrumento utilizado por muitas universidades americanas para definir possíveis bolsas por mérito acadêmico. Ele é aceito em todas as universidades nos Estados Unidos e também em inúmeras outras instituições de vários outros países. 

O SAT aborda basicamente duas matérias: matemática (raciocínio lógico) e inglês (leitura / interpretação de texto e escrita), cada uma valendo de 200 a 800 pontos. A nota final vai ser, portanto, entre 400 e 1.600 pontos. A prova sofreu algumas mudanças depois da pandemia, mas não exatamente por causa dela. O exame, que há décadas era feito no papel, passou a ser totalmente digital este ano e tem duas horas de duração (uma hora a menos que a versão anterior). Na nova plataforma, o resultado também passou a ser divulgado em um prazo menor, o que beneficia muito os alunos. 

Vale lembrar que o processo seletivo nos Estados Unidos é composto por várias outras etapas, que analisam não só o perfil acadêmico como também o perfil pessoal dos candidatos. Fazem parte ainda deste processo o histórico escolar, a prova de proficiência em inglês, as cartas de recomendação, as atividades extracurriculares e as redações (essays ou personal statements). Em situações específicas pode ser solicitado um portfólio e também uma entrevista.

As provas do SAT no primeiro semestre

Até o final deste semestre, há duas datas disponíveis para realizar o SAT. Elas vão acontecer em 9 de março, 4 de maio e 1 de junho. As provas podem ser feitas nas seguintes cidades no Estado de São Paulo: São Paulo, Campinas, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santana de Parnaíba, Santo André, Valinhos e Vinhedo. Fora do Estado de São Paulo, as cidades disponíveis são Joinvile (SC), Erechim e Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba e Londrina,(PR), Recife (PE), João Pessoa (PB), Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), San Cristóvão e Teresina (PI), Vitória (ES), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Manaus (AM) e Salvador (BA).

Vale a pena estar sempre atento às informações do College Board, pois os locais podem sofrer algumas alterações ao longo do ano. 

As datas das provas do segundo semestre tem previsão para acontecerem nos meses de  agosto, outubro, novembro e dezembro.

Quando fazer o SAT?

Antes de mais nada, é preciso ficar de olho no deadline das inscrições das universidades do seu interesse, para não perder o prazo. Porém, esta é uma prova que você pode realizar mais de uma vez e, dessa forma, enviar para as universidades os seus melhores resultados. Ou seja, você envia o Super Score. Isto significa que pode utilizar a melhor nota que conseguiu em matemática e a melhor nota em inglês, mesmo que elas tenham sido obtidas em datas diferentes.

Grande parte dos estudantes se prepara para fazer a primeira prova oficial do SAT no segundo semestre do 2o ano do Ensino Médio ou no primeiro semestre do junior year – o 11th grade- (para quem estuda em escola americana). Fazendo isso, mesmo realizando a prova mais de uma vez, você consegue chegar no segundo semestre do ano da candidatura sem precisar se preocupar com prova. Assim, você terá mais tempo e energia para se dedicar a outras etapas importantes do application, como as redações, por exemplo. 

As inscrições para o SAT são feitas no site do College Board. Para saber mais, baixe o nosso passo a passo para se inscrever.

Portfólio na candidatura no exterior. Como montar e enviar?

No processo seletivo para as universidades no exterior, o candidato cumpre várias etapas, que buscam mostrar às universidades quem ele é além das notas da escola e das provas padronizadas. As instituições querem conhecer o aluno como um todo, incluindo suas características pessoais e suas habilidades.

Por isso, especialmente para quem pretende estudar áreas ligadas às artes, como cinema, música, arquitetura, teatro, dança e artes plásticas, existe uma etapa suplementar no processo, que é o envio do portfólio. 

O portfólio faz parte dos “materiais complementares” da application, mas nem por isso é menos importante. A ideia é que ele contenha uma espécie de seleção das melhores produções artísticas que você já fez e é fundamental no processo porque é um documento visual que  a universidade vai utilizar para identificar suas preferências, suas habilidades e, principalmente, seu potencial artístico. 

Como montar o portfólio

Por ser uma coletânea de materiais, o portfólio traz uma forte carga pessoal e é esta mesmo a intenção, para que os avaliadores possam conhecer mais a fundo o candidato. Ele é, portanto, a principal oportunidade de você mostrar para a universidade o que você já fez e o que pretende fazer como aluno daquela instituição

Escolher o que incluir no portfólio é, portanto, um processo de extrema importância. Selecionar suas peças favoritas pode ser um bom caminho, porque estas certamente estão muito ligadas à sua essência, à sua história.

Se entre elas, houver alguma que você não ache boa tecnicamente o suficiente, não se preocupe. As universidades não procuram por artistas prontos.

Elas sabem identificar o potencial de cada um e querem justamente trabalhar em cima disso, desenvolvendo este potencial.

O importante é que as peças sejam autênticas, tenham significado, se possível uma boa história e que, claro, estejam alinhadas com a sua trajetória, com quem você é. 

O portfólio não é um documento padronizado, como outros itens da application. As exigências variam de acordo com a instituição. Por isso, pesquise e preste atenção no que é solicitado e siga à risca e, claro, ao prazo de envio. 

Dependendo da universidade, podem ser solicitados de 8 a 24 trabalhos. Demonstrar criatividade e flexibilidade no uso de materiais e mídias pode ser um diferencial positivo.

Ou seja, é importante explorar várias técnicas. Em geral, também é solicitada uma redação (o artistic statement), um texto onde você vai falar sobre a sua relação com a arte, sobre seus trabalhos e por que escolheu aquela universidade.

Este texto, claro, precisa estar em sintonia com o material que você vai apresentar e com o restante dos itens da sua application.

Afinal, em outras etapas do processo, como na redação e nas atividades extracurriculares, você também vai falar de você, das suas ideias, preferências, da sua trajetória e características pessoais.  

Neste vídeo, você encontra informações importantes sobre a criação do portfólio:

Em geral, as escolas pedem que sua arte reflita sua imaginação, seu estilo, mostre vontade de experimentar, revele o processo, além de demonstrar algumas habilidades.

Dê preferência para trabalhos desenvolvidos nos últimos dois anos. Algumas escolas podem pedir um trabalho novo específico, então, leve em conta também um tempo extra para desenvolver possíveis novos trabalhos. 

Por tudo isso, é importante que você comece a pensar no portfólio com bastante antecedência. O tempo é um aliado fundamental que vai permitir boas escolhas desde a elaboração até a seleção dos trabalhos, bem como na reflexão sobre o material.

O ideal é que o portfólio seja iniciado antes do segundo semestre do ano da candidatura. O processo requer planejamento, prática, muita pesquisa, preparação e, por fim, as escolhas e a reflexão.

Vale lembrar que você vai precisar praticar e, no final, sempre vai produzir bem mais trabalhos do que vai apresentar.  

Levando tudo isso em conta, um bom caminho para a elaboração do melhor portfólio pode seguir esta rota: 

  • Documente suas ideias: mantenha ativo, desde pelo menos um ano e meio antes da candidatura, um art journal que reúna todas as suas inspirações, ideias, esboços, viagens, visitas a exposições ou peças, críticas etc. Anote cursos, projetos, trabalhos voluntários, programas de verão, mentorias e tudo mais que tenha ajudado no seu desenvolvimento artístico. Estes registros vão ser fundamentais para desenvolver a criatividade e para a reflexão sobre a sua trajetória artística.
  • Pratique se possível diariamente: comprometa-se com a prática artística diária ou com a maior frequência possível. Quanto mais a arte fizer parte da sua vida, mais naturais e melhores serão as suas criações. É como acontece nos estudos ou mesmo com um atleta: estudo e treino, respectivamente, levam a melhores resultados. 
  • Busque orientadores ou mentores: Quanto mais próximo você estiver de pessoas ligadas à arte, como professores, artistas, colegas de curso, comunidades online, mais conhecimento você trará para os seus trabalhos. 
  • Amplie o seu perfil como artista: isso pode ser feito se voluntariando para trabalhar em museus, galerias, estúdios, iniciado seu próprio clube criativo, orientando outros jovens, estudando e escrevendo sobre história da arte, ou criando um projeto comunitário, dentro ou fora da escola. Você ainda pode criar uma galeria própria no Instagram, mostrando seu processo artístico em tutoriais, por exemplo.
  • Pesquise muito: Além de pesquisas sobre conteúdos específicos e técnicas para os trabalhos, busque conhecer bem todos os requerimentos que cada universidade para as quais você está aplicando exigem. Você precisa ter uma compreensão clara do que precisa entregar, de acordo com as exigências de cada instituição.

Como enviar o portfólio

Depois de ler com atenção as exigências de cada universidade e segui-las à risca, você precisa ficar extremamente atento ao deadline, o prazo final de envio do portfólio em cada instituição. Se este prazo não for respeitado, todo seu trabalho terá sido em vão.

Cada universidade tem suas próprias orientações em relação à forma de envio do portfólio. Pode ser via upload de PDF, email de PDF, um link do próprio site da universidade, por QR code ou pelo Slide Room.

Além do prazo e da forma de envio, você também terá que respeitar o tamanho dos arquivos (seja vídeo, áudio, slide, documento ou link). 

A Daqui pra Fora tem em sua equipe especialistas experientes que orientam durante todo o processo de elaboração do portfólio. Então, agora que você já conhece os caminhos, comece cedo e envie o portfólio que melhor te represente.

Como escrever as redações nas candidaturas para o exterior?

Quem aplica para universidades no exterior deve ter em mente que o processo seletivo é muito diferente daqueles que acontecem nas universidades brasileiras. Ele é bem mais amplo e completo. Lá fora as universidades buscam conhecer cada candidato por inteiro. Ou seja, não é apenas o desempenho acadêmico do aluno que é levado em conta durante a seleção. As universidades traçam, além do perfil acadêmico, um perfil pessoal do candidato. Trata-se, portanto, de um processo holístico. O objetivo é selecionar aqueles que, além de serem bons alunos, têm características que se alinham com o perfil da própria universidade.  

Por isso, a seleção é composta por várias etapas. Além das provas e das notas que determinam o nível acadêmico do candidato, há outras fases que buscam conhecer quem é a pessoa por trás das notas apresentadas: como ela pensa, o que faz, do que gosta, sua personalidade, suas experiências, habilidades e preferências. Este mosaico de informações é o material que a equipe de seleção reúne para montar o perfil final que vai determinar quem será ou não aceito em cada instituição. 

Neste contexto, as redações (ou essays) são uma das principais peças deste mosaico, um dos instrumentos mais importantes da application. Porque entre tantos alunos com notas parecidas, o que pode definir o sucesso ou não da candidatura é justamente quem tirou aquelas notas. E é na redação que você vai mostrar quem você é. Por isso, é fundamental entender como ela funciona e o que é importante, para não errar e fazer a diferença nesta etapa. 

De acordo com os temas, mostre quem você é

Independentemente do tema específico que foi proposto, tenha em mente que no essay você vai sempre falar sobre você. Portanto, uma boa dose de autoconhecimento vai precisar entrar em jogo para que você consiga mostrar quem você realmente é. 

Os essays permitem que você fale das suas experiências, dos seus valores, das suas preferências, das suas conquistas, do que você gosta ou não gosta, do que você ainda quer conquistar e muito mais. Porém, não podem ser simples relatos. Quem vai ler o seu texto precisa perceber que você é único. E para isso você deve ser genuíno e verdadeiro, afinal o processo seletivo é um quebra-cabeça e se alguma peça não encaixar, todo o trabalho pode se perder.

Por dentro dos temas

No Common App, a plataforma que reúne applications de centenas de universidades nos Estados Unidos, os essays são Personal Statements, ou seja, possuem temas de caráter mais pessoal. São propostos 7 prompts e o candidato escolhe um deles para desenvolver. Neste caso, lembre que sua redação vai para várias universidades. 

Alguns prompts comuns no Common App são: “Fale sobre algum obstáculo que enfrentou e como o superou”, “Conte sua história”, “Descreva algum momento em que você questionou seus próprios ideais”, “Reflita sobre algo que lhe fizeram que o deixou feliz ou grato”, “Fale sobre algo que te atraia tanto a ponto de fazer você perder a noção do tempo” e “O que te cativa?”.

Algumas universidades, principalmente as mais seletivas, pedem uma redação suplementar. Os temas variam bastante e é sempre importante pesquisar sobre a universidade específica antes de escrever este essay, já que neste caso você vai estar escrevendo para uma instituição específica. Muitas delas perguntam “por que você gostaria de estudar naquela universidade”, “por que você escolheu este major” ou “seu livro preferido”. E pode haver temas mais criativos, como “Liste o seu top 10” (você escolhe top 10 do que), “Se você pudesse conhecer alguém na sua vida, quem seria e o que você diria para ele ou ela?”, “Se você fosse chamado para fazer um discurso ou um TED Talk, sobre o que você falaria?”, “Defenda uma opinião impopular que você tem”, entre muitos outros.

Perceba que os temas realmente permitem que os admission officers (aqueles que trabalham nos escritórios de admissão lendo as redações) conheçam melhor quem está escrevendo.

Como escrever as redações

Não é simples mostrar quem você é, focado em um determinado tema, em 200 ou 600 palavras, que é geralmente o tamanho que os essays devem ter. Além disso, os examinadores ainda observam a estrutura do texto, a clareza, a escrita e a gramática. É bastante coisa para prestar atenção. 

Vale lembrar que o tipo de redação exigida nos processos seletivos no exterior é bem diferente daquelas que compõem os vestibulares e o Enem, no Brasil, que são textos argumentativos, com os quais os estudantes brasileiros estão mais familiarizados.

Elaborar uma redação que salte aos olhos dos avaliadores não é, portanto, uma tarefa das mais fáceis, lembrando que cada um deles lê inúmeras redações diariamente. Para se sobressair, é preciso contar uma boa história, que mostre a sua essência, demonstre que você é único e que, assim, convença o admission office que vale a pena ter você como aluno naquela universidade. É uma tarefa que exige determinadas técnicas e habilidades, desde a hora de selecionar o prompt até escolher qual história contar e principalmente como contá-la. 

Por isso, cada aluno da Daquiprafora conta com um mentor específico durante todo o processo de elaboração das redações. O mentor orienta o aluno desde o brainstorm até a finalização e envio das redações. Não há limite para o número de revisões ou de reuniões entre aluno e mentor. Este trabalho cuidadoso é, sem dúvida, fundamental para o sucesso das applications.

Quais são as datas e locais do ACT no 1° semestre de 2023?

O ACT (American College Testing) é uma das provas padronizadas de conhecimento mais utilizadas pelas universidades americanas durante o processo seletivo. Ele é aceito em todas as instituições nos Estados Unidos e em mais de 200 universidades em outros países.

O resultado do ACT é uma ferramenta fundamental na avaliação do perfil acadêmico do candidato. É também uma importante referência para as universidades americanas no momento de definir possíveis bolsas de estudos.

Vale lembrar que o processo seletivo nos Estados Unidos é composto por várias outras etapas, que analisam não só o perfil acadêmico como também o perfil pessoal dos candidatos. Fazem parte ainda do processo de application o histórico escolar, a prova de proficiência em inglês, as cartas de recomendação, as atividades extracurriculares e as redações (essays ou personal statements). Em situações específicas pode ser solicitado um portfólio e também uma entrevista.

O score no ACT ajuda, portanto, a definir o nível acadêmico do candidato, mas não determina sozinho se ele vai ser aceito ou não em uma universidade. Porém, quanto mais alta a nota no teste, maior o leque de possibilidades para o aluno.

Como é a estrutura do ACT

Realizado online, o ACT é composto por 4 seções: Matemática, Inglês, Interpretação de texto (leitura) e Ciências, divididas em 215 questões de múltipla escolha. Há ainda uma redação, que é opcional.

O aluno tem 45 minutos para fazer os 75 itens da seção de inglês; 60 minutos para Matemática, que contém 60 itens, 35 para Interpretação de Texto e mais 35 minutos para Ciências (cada uma com 35 itens). O tempo total da prova é de 175 minutos. Quem optar por fazer a Redação tem mais 40 minutos.

Cada uma das 4 sessões vale de 1 a 36 pontos. E a partir do resultado de cada uma delas é feita a nota final (que pode ir de 1 a 36 também). A nota da Redação (para quem optou por fazer) é calculada de forma diferente: vale de 2 a 12 pontos..

As provas do ACT no primeiro semestre

Até o final deste semestre, as datas das provas do ACT são: 9 e 10 de junho (inscrições até 12 de maio), e 14 e 15 de julho (inscrições até 16 de junho). Em junho, as cidades que recebem o ACT são São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Salvador. Em julho, a prova acontece em Porto Alegre, Maringá, Recife, Brasília, Fortaleza e Salvador.

As datas das provas do segundo semestre bem como os locais onde elas serão aplicadas ainda não foram divulgados pela organização do exame.

Programe-se para fazer o ACT?

Antes de mais nada, é preciso ficar de olho no deadline das inscrições das universidades do seu interesse, para não perder o prazo de envio das notas. Porém, esta é uma prova que você pode realizar mais de uma vez e, dessa forma, informa para as universidades os seus melhores resultados. Ou seja, você envia o Super Score. Isto significa que pode utilizar a melhor nota que conseguiu em cada seção, mesmo que elas tenham sido obtidas em datas diferentes.

Grande parte dos estudantes se prepara para fazer a primeira prova oficial do ACT no segundo semestre do 2o ano do Ensino Médio ou no primeiro semestre do junior year – o 11th grade- (para quem estuda em escola americana). Fazendo isso, mesmo realizando a prova mais de uma vez, você consegue chegar no segundo semestre do ano da candidatura sem precisar se preocupar com a prova. E esta é a situação ideal, porque assim você terá mais tempo e energia para se dedicar a outras etapas importantes do application, como as redações, por exemplo.

As inscrições para o ACT são feitas no site do próprio ACT. Para saber mais, baixe o nosso passo a passo para se inscrever.

Atividades extracurriculares de 4 brasileiros das Ivy Leagues

Nas universidades americanas, as notas são apenas uma parte do processo seletivo. No seu application, o aluno envia para as universidades seu histórico escolar com as médias que obteve nos últimos quatro anos da escola, as notas da prova de proficiência em inglês e de provas padronizadas (ACT e SAT), além das atividades extracurriculares realizadas.

As universidades americanas também buscam conhecer os candidatos além das suas notas. Querem saber quem ele é, quais as características mais marcantes da sua personalidade, querem conhecer suas preferências e suas principais habilidades.

Com todas essas informações, a comissão de admissão constrói o perfil pessoal do candidato, que vai ter papel fundamental na definição de quem será ou não aceito pela universidade e também de quem terá direito a bolsa de estudos.

Como entre os milhares de applications que as universidades recebem anualmente, as notas dos candidatos podem ser muito parecidas. Com isso, o perfil pessoal, que ainda inclui redações e cartas de recomendação, acaba tendo papel decisivo nas decisões das universidades.

 

Neste contexto, as atividades extracurriculares representam uma das etapas mais importantes da candidatura. Elas são um dos principais instrumentos que você tem para mostrar para a comissão de admissão quem você é e o que você já fez fora das salas de aula. 

Sobre as atividades extracurriculares

As atividades extracurriculares podem estar diretamente ligadas a um curso que você deseja fazer na universidade ou não. O mais importante é que elas estejam alinhadas com o restante do seu application.

Ou seja, devem ser atividades com as quais você tem afinidade e que tenham conexão com toda a sua trajetória (tanto a parte que já passou quanto a que ainda está por vir).

Portanto, não se dedique a algo que não tenha ligação com o seu perfil ou com a sua história só porque você acha que pode agradar os examinadores.

Também é fundamental mostrar para a universidade o seu papel em cada uma das atividades que você listou. Não basta participar. Você precisa mostrar como atuou, se teve papel de liderança, que diferença você fez em cada uma delas. Também é importante deixar claro o impacto de cada atividade na comunidade ou no lugar onde ela aconteceu.

A seguir, você vai conhecer algumas atividades extracurriculares desenvolvidas por alunos da Daqui pra Fora aprovados com bolsa de estudos em universidades que fazem parte da Ivy League (grupo composto por 8 das mais prestigiadas universidades americanas). 

 

Mayumi Liz de Andrade Miyazato – Dartmouth University

Durante o período da quarentena, Mayumi fundou e foi presidente da ECOarentena, uma organização que fomenta a capacitação para a sustentabilidade no Brasil. Lá ela realizou 63 chamadas de vídeo com mais de 1.500 participantes, criou 71 vídeos e engajou 236 membros. 

No 3o ano, Mayumi participou de um bootcamp no Peru voltado para inovação social, liderança, autoconhecimento, networking e storytelling. Lá dividiu experiências e conviveu com outros 30 jovens latino-americanos.

Na área de ciências e matemática, Mayumi participou no 2o ano do Ensino Médio de um programa de uma semana na Sakura High School, no Japão, onde obteve bolsa completa e teve aulas com laureados com o Nobel.

Lá ela pôde aprofundar seus conhecimentos sobre metodologias científicas e desenvolver sua compreensão em matemática e biotecnologia. 

Mayumi ainda participou de pesquisas na área de astronomia em um importante instituto da Baixada Santista e foi diretora de Educação do grêmio da sua escola, entre outras atividades.

 

Wesley Antônio Machado Andrade de Aguiar – Yale

Wesley estudou em uma escola militar em Manaus. Entre as atividades que enviou na sua candidatura para Yale, estava sua participação durante os últimos 4 anos da escola como comandante e representante de mais de 900 alunos em eventos militares, tendo sido reconhecido como referência em disciplina, comprometimento e ética.

Wesley foi também diretor e co-fundador de um website que promove estudos de alto nível na região norte do Brasil, que atingiu 28 países. No Site, ele coordenou mais de 50 posts e escreveu vários artigos relacionados às áreas de ciências e matemática. 

Nos 2o e 3o anos do Ensino Médio, Wesley esteve no Campeonato Nacional de Física como competidor e também como coordenador acadêmico. Ele coordenou durante um mês uma competição com 673 alunos de Ensino Médio, criou dois problemas com as respectivas  soluções e supervisionou o processo de avaliação e classificação do campeonato.

No 9o ano e no 1o ano do Médio, Wesley foi finalista na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia, na USP. Lá ele desenvolveu um robô que ajudava pessoas com deficiência visual a andar em um prédio mapeado previamente e também publicou um artigo.  

No último ano do Ensino Médio, Wesley foi ainda medalha de bronze na Olimpíada Europeia de Física e membro da equipe brasileira na Olimpíada Latino-americana de Astronomia e Astronáutica. Antes disso, já havia conquistado duas vezes medalha de ouro na Olimpíada Nacional de Física. 

 

Carolina Barbosa Lindquist – Harvard

Moradora de Engenheiro Coelho, no interior de São Paulo, Carolina é CEO e fundadora da ONG Globalizando, que oferece aulas gratuitas de idiomas para mais de 1.200 jovens de baixa renda.

Na organização, durante todo o Ensino Médio, ela foi diretamente responsável pelo trabalho de mais de 80 voluntários em 8 departamentos, que trabalham com mais de 1.200 alunos. 

Carolina também fundou e presidiu a Girl Up na sua região, uma iniciativa da UN Foundation pela equidade de gênero. Na Girl Up, Carolina liderou movimentos, eventos e uma campanha nacional que impactou mais de 80 legisladores e propôs mais de 40 projetos de lei contra a pobreza menstrual.

No 3o ano do Ensino Médio, Carolina foi estagiária no Comitê de Reabertura das Escolas da Fundação Lemann. Neste período, ela fez pesquisa para a criação de uma política de aceleração de aprendizagem para atender mais de 50 distritos escolares. Estudou e comparou estratégias para reabrir escolas com segurança.

Carolina ainda foi a primeira brasileira selecionada entre 30 adolescentes para a Global Teen Leaders pela We Are Family Foundation.

Foi ainda a 1a colocada (0,05%) no Prudential Award For Social Innovators, tendo recebido 25 mil dólares para investir na sua organização.

Carolina também teve o 4o melhor projeto em Humanidades (top 3% entre 4 mil estudantes) na FEBRACE, principal feira de ciências do Brasil.

 

Ryan Alves Rocha – Dartmouth University

Ryan atuou como diretor na ONG Globalizando, que oferece aulas gratuitas de idiomas para mais de 1.200 jovens de baixa renda. Ele coordenou a seleção de mais de 2.300 inscritos e gerenciou o trabalho de dezenas de professores voluntários.

Como jovem deputado na Comissão de Direitos Humanos e das Minorias do Congresso Nacional, Ryan escreveu e apresentou 2 contas federais. Analisou a constitucionalidade, o mérito e o orçamento de várias leis.

Ryan foi trainee na Latin American Leadership Academy, ONG que se propõe a desenvolver os mais promissores jovens líderes da América Latina.

Ele co-fundou a equipe de webinars da instituição, comandou eventos online com mais de 12 mil visualizações e organizou programas de liderança com mais de 250 jovens de 9 países.

Ryan ainda atuou como embaixador do Mapa Educação, onde foi um dos 65 selecionados (entre mais de 2.000 candidatos). Lá ele pesquisou políticas públicas relacionadas à evasão escolar e teve contato com alguns dos mais influentes intelectuais e políticos do país. 

Para saber mais sobre tudo que envolve o processo seletivo para universidades no exterior, participe dos nossos eventos gratuitos, que trazem todas as informações. 

Qual o papel das audições no processo seletivo?

As universidades no exterior possuem um processo seletivo diferente daqueles que são adotados aqui no Brasil. Lá, as universidades não utilizam apenas a nota de uma prova como critério de seleção. Elas buscam conhecer o candidato como um todo, o que inclui suas características acadêmicas e pessoais. 

Por isso, são adotados vários critérios e cada um deles se torna a peça de um quebra-cabeça que, no final, vai definir o perfil de cada candidato. A ideia é selecionar alunos com perfis alinhados com o da própria instituição.

Como é o processo seletivo de faculdades nos EUA?

A candidatura (ou application) é composta, então, por várias etapas. A parte acadêmica é formada pelo histórico escolar (com as médias do 9o ano do Ensino Fundamental até a 3a série do Médio), pelo teste de proficiência em inglês (TOEFL/IELTS/DET) e nas universidades americanas pelas provas padronizadas (SAT ou ACT).

Para compor o perfil pessoal as universidades pedem cartas de recomendações (de professores ou coordenadores da escola), redações (personal statement) e atividades extracurriculares

Em algumas faculdades específicas, especialmente aquelas ligadas às áreas de artes, há mais uma etapa, como o portfólio e a audição (audition, em inglês).

Quem pretende fazer cursos voltados para música, dança e atuação, deve dar bastante atenção à audição, já que em alguns casos pode ser a parte mais importante do processo. 

O que é a audição e como ela acontece 

Por ter várias etapas, o application deve ser sólido e coerente. Portanto, na construção do seu perfil pessoal, você deve ter mencionado e descrito em algum momento suas experiências na área que você pretende estudar, seja teatro, teatro musical, dança ou música.

A audição é o instrumento que permite à comissão de admissão ver você atuando nessa área, ou seja, é a sua chance de mostrar seu talento e principalmente seu potencial.

A audição pode ser virtual (você envia as imagens para os avaliadores) ou presencial. Cada universidade tem a sua dinâmica. E cada uma tem também as suas regras e exigências.

Você deve prestar muita atenção na descrição, ou seja, em tudo que é exigido no momento da performance (seja em vídeo ou presencial). 

As exigências variam muito de universidade para universidade e de curso para curso. O importante é prestar atenção e cumprir cada uma delas:

  • Se há alguma roupa exigida ou não permitida;
  • Respeitar o tempo de apresentação;
  • Observar o número de apresentações ou quantidade de vídeos que devem ser enviados;
  • Tipo de música ou de peça a ser apresentado (drama ou comédia);
  • Até seus dados pessoais;
  • O tamanho e a resolução da foto anexada;
  • Data da apresentação.

Enfim, cada detalhe descrito nos requerimentos da audição é fundamental. A falta de uma informação ou o não cumprimento de uma das exigências pode eliminar o candidato.

Em alguns casos, a universidade pode pedir um ou dois vídeos do candidato atuando (cada um deles com orientações técnicas específicas) e outro com o aluno contando a sua história naquela arte específica. Mas isso pode variar de acordo com a instituição e o curso.

Algumas das melhores universidades que exigem audição para as áreas de atuação ou música são:

  • University of Southern California;
  • California Institute of the Arts;
  • Carnegie Mellon University (Pittsburgh);
  • The Juilliard School (Nova York);
  • New York University;
  • Berklee College of Music (Massachusetts). 

Dicas para uma boa audição

Preparação

Toda candidatura para as universidades americanas exige planejamento, disciplina e dedicação. É importante lembrar de incluir a audição dentro deste planejamento. Ela também consome tempo e exige dedicação e disciplina, assim como as outras etapas do application. 

A escolha do curso

Pesquise bastante nos sites das universidades a fim de buscar o máximo de informações a respeito dos cursos oferecidos. Preste atenção nas diferenças entre Bachelor of Fine Arts, Performing Arts e Bachelor of Music, por exemplo, ou veja se você quer estudar especificamente teatro ou prefere uma formação do tipo Liberal Arts. Pense que a sua escolha pode definir o que você vai fazer nos próximos quatro anos.

Organização

Tenha uma planilha organizada com tudo que cada universidade exige. Coloque nome da universidade, data da pré-audição (se houver), data da audição (ou do envio do material), as peças que são exigidas, e qualquer outra informação importante. Ter tudo isso acessível facilita sua preparação e ajuda a garantir que você cumpra com todas as exigências.

O que apresentar

Dentro do que é pedido, procure escolher peças ou músicas com as quais você se identifica, com as quais você tem alguma conexão, para que você possa ir além da apresentação, se necessário.

Utilizar um material só porque é famoso ou porque foi apresentado na Broadway não é garantia de melhor avaliação. 

E sempre esteja preparado para apresentar mais do que é solicitado. Os examinadores gostam de saber se o candidato consegue fazer ajustes, se tem flexibilidade, por isso não esteja muito preso apenas ao que ensaiou.

Pode acontecer de os examinadores pedirem mais uma apresentação ou fazerem perguntas, que podem ser sobre a apresentação, sobre você ou sobre algo relacionado com o que está sendo avaliado. Esteja preparado para isso também.

Comportamento

Lembre que você estará sendo observado desde o momento em que você chega para a audição (no caso das presenciais). Mantenha o foco nas salas de espera. Procure não se envolver muito em conversas com outros candidatos. 

Na sua vez, evite pedir permissão para fazer determinadas coisas, como usar uma cadeira, ficar em algum lugar, por exemplo. Isso não demonstra segurança. Apenas vá e faça! 

Foque sempre em você, ou seja, não fique pensando no que você imagina que a universidade espera de você. Isso é uma questão deles.

Não há um código secreto ou fórmula para agradar os examinadores. Faça o seu trabalho da melhor maneira possível e deixe que eles façam o deles.

E, principalmente, seja você mesmo, seja autêntico, mostre quem você é. Este vai ser o seu diferencial.

Confiança

Se você não se achar bom o suficiente, não acreditar em você, como a universidade vai acreditar? Seja espontâneo e divirta-se!

Se você tem interesse em se preparar para as audições, entre em contato com os nossos especialistas para saber mais detalhes sobre como o nosso programa de preparação pode te ajudar!

O que é preciso para entrar em uma Ivy league?

Quem tem como objetivo estudar nas melhores universidades dos Estados Unidos e do mundo, certamente já se deparou com a expressão “Ivy League”.

Trata-se de um grupo de 8 universidades que estão entre as mais prestigiadas dos Estados Unidos:

  • Harvard (Massachusetts);
  • Yale (Connecticut);
  • Princeton (New Jersey);
  • Brown (Rhode Island);
  • Cornell (New York);
  • Columbia (New York);
  • UPENN (Philadelphia);
  • Dartmouth (New Hampshire).

O diploma de uma Ivy League é, sem dúvida, um diferencial na carreira profissional em qualquer lugar do mundo.

Apesar de ser referência em excelência acadêmica, a Ivy League tem origem nos esportes. Criada em 1954, a liga esportiva reunia as equipes destas 8 universidades, que naquele momento já estavam entre as mais bem conceituadas do país em ensino e pesquisa.

Tanto prestígio e excelência fazem com que estas instituições estejam entre as universidades mais seletivas do país. Ser aceito em uma Ivy League não é fácil, claro, mas é absolutamente possível.

A seguir, você vai saber o que é preciso para passar em uma destas universidades e estudar em uma das instituições mais renomadas do mundo. 

O processo seletivo nos Estados Unidos

As universidades americanas possuem um processo seletivo holístico, que não leva em conta apenas a nota de uma prova. Elas buscam conhecer o candidato além do seu perfil acadêmico, que, claro, é muito importante. 

Basicamente, as universidades procuram identificar os perfis acadêmicos e pessoais de cada aluno. A ideia é selecionar aqueles que estejam mais alinhados com o perfil da própria universidade.

Para compor estes perfis, os departamentos de admissão analisam vários requisitos exigidos no application:

  • Histórico escolar (notas do 9o ano do Ensino Fundamental a 3a série do Médio);
  • Notas dos testes (SAT/ ACT e exame de proficiência em inglês);
  • Redações (personal essays);
  • Atividades extracurriculares;
  • Cartas de recomendações.

Em alguns casos, ainda é feita uma entrevista com os candidatos.

Os dois primeiros itens (histórico escolar e notas dos testes) são importantes para definir o perfil acadêmico do candidato.

As atividades extracurriculares, os essays e as cartas de recomendação mostram mais as características pessoais. 

As exigências das Ivy league

Perfil acadêmico

Por serem algumas das universidades mais seletivas e competitivas do mundo, o ponto de partida para buscar uma vaga em uma delas é ter um perfil acadêmico excelente. Ou seja, apresentar tanto o histórico escolar quanto as notas nos testes no mais alto nível. 

Neste vídeo, a estudante Luiza Vilanova compartilha dicas importantes para conseguir uma vaga na Ivy League:

Mas o que significa isso? Primeiro, vale lembrar que o conjunto das notas do histórico escolar vão corresponder a um GPA (Grade Point Average), que é a média ponderada das suas notas na escola.

Ponderada, porque o resultado final leva em conta o número de aulas de cada matéria. Cada matéria tem seu peso, de acordo com o número de aulas que foram dadas. O maior GPA possível é 4.2.

Para entrar na competição e passar pelo filtro acadêmico, o comum é o candidato ter um GPA acima de 3.75. Existem algumas exceções, principalmente considerando o rigor acadêmico da escola do candidato.

Já que alguns casos mesmo com um GPA mais baixo o estudante é um dos melhores alunos da turma. Por isso, normalmente, candidatos aprovados em uma Ivy League estão no top 5% ou top 10% do ranking da turma no seu ano de formação.

Em 2022, por exemplo, 95% dos alunos aprovados em Yale estavam no top 10% da turma, e em Cornell, 82.9%. 

Em relação ao resultado dos testes, o padrão é que a nota do SAT seja acima de 1500 (o máximo é 1600 pontos) e a do ACT, a partir de 33 (o máximo é 36 pontos). Quanto ao TOEFL (teste de proficiência em inglês), são exigidos mais de 100 pontos (dos 120 possíveis).

Então se o candidato está no top 5% da turma, tem o SAT maior que 1500 e TOEFL superior a 100, indica que ele já está aprovado? Não!

Por serem extremamente competitivas, as Ivy League atraem os melhores estudantes do mundo inteiro. Então, estes números excelentes mantêm o candidato na competição, mas não garantem o ingresso.

Com eles, o candidato passa para a parte pessoal da seleção. Ou seja, as características pessoais são fundamentais e decisivas para diferenciar os candidatos. 

Perfil pessoal

O perfil pessoal se baseia principalmente nas atividades extracurriculares que o aluno fez, e nas redações (personal essays).

As atividades extracurriculares dizem muito sobre o candidato para os profissionais responsáveis pela admissão na universidade. Por meio delas eles conhecem seus maiores interesses, suas principais habilidades e suas realizações mais marcantes.

Vale criar e gerir projetos nos mais variados campos (desde que seja um do seu interesse, claro). Entre eles, oferecer cursos, escrever livros, fazer pesquisa, trabalho voluntário, atividades artísticas, esportivas, participar do grêmio estudantil, são alguns exemplos.

Mas não basta ter participado. O nível de comprometimento e de envolvimento na atividade é extremamente relevante na análise que é feita pelos profissionais.

Eles querem saber como você participou, o que efetivamente fez naquela atividade, qual o seu papel. Foi um papel de liderança? De criatividade? Inovou? Ganhou prêmios?

Além disso, também é fundamental demonstrar o impacto das suas realizações (quantas pessoas, quais lugares foram atingidos). Por meio de tudo isso, a universidade pode ter uma ideia de como você será capaz de contribuir no campus enquanto estiver estudando lá. 

Essay ou redação

Outro item importante na montagem do seu perfil pessoal são as redações ou essays. As redações exigidas pelas universidades americanas são muito diferentes das do ENEM e dos vestibulares no Brasil.

Aqui os textos geralmente são argumentativos, onde você defende uma ideia, uma posição. Já um essay para entrar em uma universidade americana é um “personal statement”, ou seja, por meio dele você vai falar sobre como você é. 

Dependendo do tema proposto (o “prompt”), você vai abordar no texto alguma experiência importante, uma história relevante, algo que tenha sido realmente significativo e impactante na sua vida. O conteúdo do seu essay pode, inclusive, estar ligado às suas atividades extracurriculares. 

É fundamental que a sua redação esteja alinhada com o restante do seu application e que mostre o que você aprendeu ou como aquela experiência impactou a sua trajetória. Junto com as atividades extracurriculares, os essays são, portanto, peças imprescindíveis na montagem do quebra-cabeça do seu perfil pessoal.

Carta de recomendação e entrevista

Também integram este quebra-cabeça as cartas de recomendação e a entrevista. As cartas de recomendação são escritas por profissionais da sua escola (geralmente professores ou coordenadores), que contam como você era como aluno e como pessoa dentro do ambiente escolar.

É uma forma de a universidade conhecer um pouco mais sobre o candidato, porém na visão de alguém que trabalhou com ele. Dessa forma, também é uma ferramenta de suma importância na formação do seu perfil pessoal e acadêmico.

Por fim, por serem muito competitivas, as Ivy League podem pedir uma entrevista com o candidato, a fim de conhecê-lo ainda mais e definir se o seu perfil combina mesmo com o perfil da universidade.

É importante estar bem preparado para responder perguntas pessoais, desde por que você escolheu aquela universidade ou um determinado curso, até como você se vê daqui a dez anos, por exemplo.

O importante é, por meio de cada uma destas etapas, o candidato conseguir mostrar para a universidade o seu diferencial. 

Desde 2001, a Daqui pra Fora já orientou mais de 3.500 estudantes, com admissões em todas as Ivy Leagues. Você pode ser o próximo.

Qual prova de proficiência em inglês devo fazer?

Quem pensa em estudar em uma universidade no exterior precisa cumprir algumas etapas durante o processo seletivo. Elas variam de país para país e, às vezes, de instituição para instituição. Mas um item é exigido por todas as universidades aos estudantes estrangeiros que não têm o inglês como língua nativa: o teste de proficiência em inglês (para quem vai estudar em inglês, claro). 

Existem vários testes que podem ser feitos e a maioria das universidades aceitam mais de um deles. Os principais são o TOEFL, o IELTS, o DET e o Cambridge. A seguir você vai saber como eles funcionam e, com estas informações, vai poder escolher qual o melhor para você. 

Como funcionam as notas dos testes de proficiência?

Mas antes de conhecer melhor cada um deles, vale a pena entender alguns pontos importantes. Você pode estar se perguntando, por exemplo, quanto precisa tirar para ser aceito pelas universidades.

Então saiba que não existe uma nota mínima padrão. A exigência varia, na verdade, de universidade para universidade e, às vezes, até de curso para curso. Geralmente a nota mínima está relacionada com o nível de competitividade da instituição e/ou do curso.

Quanto mais competitiva, maior a nota exigida. Vale a pena checar essa informação antes no site das universidades onde você vai aplicar.

Todas as provas medem basicamente 4 categorias:

  • Writing (escrita);
  • Listening (compreensão auditiva);
  • Reading (compreensão de texto);
  • Speaking (expressão oral). 

Você vai ver que as notas das provas são diferentes e os números finais são bem distintos. Isso se deve ao fato de que cada exame tem o seu próprio formato, seus critérios e mecanismos de pontuação.

No final, mesmo diferentes, as notas refletem o nível de proficiência de cada candidato, baseado nas 4 habilidades, que é o que as universidades querem saber.

É sempre bom fazer simulados antes da prova para se adaptar ao formato dela, seja qual for a que você escolher. E se, ao fazer o exame, você não ficar contente com o resultado, pode fazer outra inscrição, fazer a prova novamente e enviar a melhor nota para as universidades. Confira no site da instituição organizadora as regras para fazer a prova novamente.  

TOEFL (Test of English as a Foreign Language)

O TOEFL é o teste mais aceito no mundo todo. Cerca de 11.500 universidades em 160 países adotam o TOEFL como teste de proficiência em inglês.

Você vai encontrar várias modalidades de TOEFL, mas a versão mais utilizada pelas universidades é o TOEFL IBT (Internet Based Test). É deste que vamos falar.

O TOEFL IBT avalia as 4 habilidades, reading, listening, speaking e writing, da maneira como elas acontecem na sala de aula. A nota máxima é 120 pontos, divididos nas 4 categorias

O teste dura cerca de 3 horas. A primeira seção é a de Reading. Ela tem 3 textos acadêmicos, e para cada um deles há 10 perguntas no modelo múltipla escolha. Você tem 53 a 72 minutos para terminar a parte de Leitura.

Em seguida vem a seção de Listening, que leva de 41 a 57 minutos. São 5 áudios. Três deles trazem assuntos acadêmicos com 6 perguntas cada. Os outros dois são conversas que acontecem no campus (dentro ou fora da sala de aula) e cada uma tem 5 questões.

Depois disso, você tem 10 minutos de intervalo. Em seguida vem a seção de Speaking. São 4 tarefas onde você vai falar e discutir os temas que você leu e ouviu.

E por último, vem a seção de Writing, com duas tarefas. Nela você vai ler uma passagem, ouvir uma gravação e digitar sua resposta.

Tudo no TOEFL gira em torno da vida acadêmica, então mostra bem como o aluno se daria no dia a dia na universidade.

O TOEFL IBT pode ser feito nos centros de aplicação espalhados pelo Brasil ou em casa. Para fazer em casa, ele está disponível 4 dias por semana, com agendamentos disponíveis 24 horas após a inscrição no site da ETS (responsável pela realização do TOEFL).

Nos centros de aplicação autorizados, ele é oferecido 60 vezes por ano. No site da ETS você encontra os locais e datas disponíveis para fazer sua inscrição. 

O valor da inscrição é de US$ 245. Você recebe a nota de 4 a 8 dias após a realização do teste. A pontuação é válida por 2 anos, mas vale lembrar que você pode fazer o TOEFL quantas vezes precisar, e enviar para as universidades a sua melhor nota

IELTS (International English Language Testing System) 

IELTS é o exame de proficiência desenvolvido pelo British Council e bastante popular no mundo inteiro, inclusive é muito aceito nos Estados Unidos também, mas é mais utilizado no Reino Unido.

Assim como o TOEFL, ele tem várias modalidades. Quem pensa em fazer faculdade no Reino Unido precisa fazer a versão IELTS UKVI, para poder ter o visto de estudante.

O IELTS UKVI (Academic) é aplicado em Brasília, Rio de Janeiro e em São Paulo, em centros examinadores aprovados pelo British Council. O valor da inscrição é de R$ 1.210.00. O exame pode ser feito no computador ou no papel. Você faz a opção ao agendar o seu exame no site do British Council.

A prova também tem quatro etapas:

  • Listening;
  • Reading;
  • Writing;
  • Speaking.

Em Listening, que dura 40 minutos, você vai ouvir 4 gravações em inglês e depois responder as perguntas. Os áudios têm conversas do cotidiano e conteúdo acadêmico.

A sessão de Reading dura 60 minutos. Tem 5 textos extraídos de livros, revistas, jornais ou anúncios, e um total de 40 perguntas.

A terceira parte é o Writing. Em 60 minutos, você deve escrever dois textos: uma carta, com no mínimo 150 palavras, e uma redação argumentativa, com pelo menos 250 palavras.

A etapa de Speaking consiste em uma entrevista de 10 a 14 minutos, onde você vai dar respostas genéricas sobre alguns temas e uma resposta mais detalhada sobre um deles. A entrevista pode ser presencial ou por videochamada e ela pode ser marcada em dia diferente da data oficial do seu exame.

A nota do IELTS no papel é acessível 13 dias após o exame. Quem faz no computador, em 3 a 5 dias já consegue visualizar o resultado.

O certificado mostrará uma nota para cada uma das habilidades avaliadas e uma média geral. A nota final varia de 0 a 9. O IELTS não tem uma data de validade, ou seja, ele não expira, mas as universidades geralmente solicitam que o exame tenha sido feito até dois anos antes da candidatura

DET (Duolingo English Test)

O DET é o teste de proficiência mais novo entre os que são mais mais reconhecidos. Ele vem sendo cada vez mais aceito por universidades no mundo inteiro. Hoje mais de 3.500 instituições utilizam o Duolingo Test como avaliador de proficiência em inglês. 

O DET é online e pode ser feito de qualquer lugar a qualquer hora. O exame dura uma hora e tem um preço mais acessível: custa U$ 49. Em até dois dias você tem o resultado. Como o teste pode ser feito em casa, regras rígidas de segurança precisam ser seguidas. 

O Duolingo também é diferente dos demais testes em sua estrutura. Primeiro, é um teste mais simples. Você não vai se deparar com as seções fixas convencionais Writing, Listening, Reading e Speaking.

As perguntas do Duolingo são transversais e avaliam ao mesmo tempo várias habilidades:

  • Literacy (habilidade de ler e escrever);
  • Comprehension (ler e escutar);
  • Conversation (ouvir e falar);
  • Production (falar e escrever). 

Elas seguem o modelo do próprio aplicativo. Pode aparecer uma pergunta onde você lê o enunciado e deve responder falando, ou ouvir e ter que responder por escrito, ler e falar, escutar e escrever, ou ainda descrever uma imagem. 

Outra diferença é que o teste é adaptativo, ou seja, o nível do teste vai se adaptando ao conhecimento que o aluno apresenta durante a própria prova. Quanto melhor o seu desempenho, mais difíceis as questões vão ficando. A ideia é que a prova atinja o nível do candidato e que, assim, ele possa ser avaliado de forma mais precisa. 

​​A primeira parte da prova, o Quick Setup, dura 10 minutos e não é avaliada. É apenas uma introdução às regras e procedimentos do teste.

Em seguida, por 25 minutos, você responde às questões adaptativas. Nesta parte está o grande volume do teste, onde todas as habilidades são avaliadas. 

A ordem das questões é aleatória. Apenas as duas últimas perguntas são padrão: em uma delas o aluno deve escrever um pequeno texto com 50 a 100 palavras e na outra ele deve responder falando por 30 a 90 segundos.

A terceira parte é a Video Interview & Writing Sample. Nela você responde a duas questões abertas e dissertativas. Na primeira você deve falar por 3 a 5 minutos sobre o tema que escolheu. E na segunda, deve escrever por 3 a 5 minutos a respeito do outro tema escolhido.

​​A escala de pontuação do Duolingo English Test vai de 10 a 160 pontos e o score aumenta de 5 em 5 pontos. Os resultados incluem a pontuação geral e a pontuação por habilidade.

Exames de Cambridge

O exame de Cambridge, organizado pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, é um dos mais tradicionais exames de proficiência em inglês do mundo. Mas não está entre os mais utilizados nos processos seletivos das universidades. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela é menos aceita que as outras provas.

Assim como o TOEFL e o IELTS, o exame também avalia 4 categorias:

  • Reading and Use of English;
  • Writing;
  • Listening;
  • Speaking.

Cambridge também tem várias modalidades de provas. Elas variam de acordo com a proficiência do aluno. As principais e que podem ser aceitas pelas universidades são B2 First (antigo FCE), C1 Advanced (antigo CAE) e o C2 Proficiency (antigo CPE).

As provas seguem o padrão do Quadro Comum Europeu, onde, como o nome diz, B2 indica intermediário avançado, C1 significa avançado e C2, proficiência. 

Nos Estados Unidos, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), por exemplo, uma das melhores universidades do mundo, exige 185 pontos no C1 ou 190 no C2.

As provas de Cambridge têm estrutura, tempo de duração e valores diferentes. Como resultado, o exame é dividido em 3 conceitos. Os conceitos B e C comprovam o nível de proficiência compatível com o exame que foi feito e o conceito A atesta que você está um nível acima. 

Para prestar o exame de Cambridge você precisa se inscrever em um dos centros autorizados. Os locais estão disponíveis no site da instituição Cambridge English Assessment. O valor da inscrição depende da prova e do local onde ela será aplicada.

Para saber mais sobre as provas de proficiência, e as outras provas exigidas, assista nosso Webinar sobre provas internacionais.

Saiba o que é MUN – Simulações da ONU

Entenda o que são e como funcionam as simulações da ONU, importante atividade extracurricular que pode enriquecer o seu application.

Os processos seletivos para as universidades no exterior, especialmente nos Estados Unidos, não levam em conta apenas a nota de uma prova. Neles as universidades procuram olhar os candidatos como um todo, ou seja, o foco não é apenas no seu desempenho acadêmico. As instituições levam em conta como o aluno é na sala de aula e fora dela.

Neste contexto holístico, um item muito importante na candidatura são as atividades extracurriculares. Elas mostram, as principais habilidades e afinidades dos candidatos. Dizem muito sobre quem é o aluno e, portanto, se tornam peça fundamental na construção do perfil de cada um.

É por meio deste perfil que as universidades definem quem se alinha mais ou menos com o perfil da própria instituição. E este alinhamento é muito importante na decisão final sobre a admissão. 

Uma ótima opção de atividade extracurricular, bastante valorizada pelas universidades, é o MUN (Model United Nation). O MUN é um evento onde os alunos participantes simulam estar atuando na Organização das Nações Unidas.

Pode ser na Assembleia Geral ou em qualquer um dos órgãos ligados a ela, como a OEA, a UNESCO e o Conselho de Segurança, por exemplo.

O que é o MUN?

Este tipo de simulação nasceu antes mesmo da fundação da ONU. Os primeiros eventos aconteceram nas universidades de Harvard e Oxford no início dos anos 1920. Na época, eles simulavam a Liga das Nações, órgão que antecedeu a ONU.

O objetivo dessas simulações é fazer com o que os estudantes entendam, por meio da prática, como é a dinâmica da ONU e das suas reuniões. Nessa vivência, os alunos representam um posicionamento, argumentam e propõem ideias para solucionar problemas sugeridos.

São discutidas questões globais reais e “atuais”. Vale lembrar que o posicionamento que você defende nem sempre está alinhado com o seu posicionamento pessoal sobre o assunto.

No início da simulação, os participantes são divididos em delegações, que representam um Estado Membro da Organização, e vão para diferentes comitês. Isso quer dizer que você pode representar a França em um comitê da UNESCO, Uganda na Comissão de Direitos Humanos ou Porto Rico na ONU Mulheres, por exemplo.

A maioria dos estudantes participa como representante, mas também pode participar como jornalista ou como juiz.

Os eventos de simulação  da ONU são organizados por estudantes, geralmente de faculdades ligadas à área de relações internacionais, ou pelas próprias escolas de ensino médio no Brasil.

Mas R.I. não precisa ser a sua principal área de interesse para você querer participar do MUN. Os temas dos eventos envolvem inúmeros e variados assuntos, desde educação e saúde até clima e meio ambiente. 

Os alunos são encorajados a estudar previamente questões geopolíticas, econômicas e históricas das suas delegações e das demais. Ao final do evento, que geralmente dura de 4 a 5 dias, são apresentadas resoluções para os problemas propostos dentro dos padrões da ONU.

Por que participar do MUN?

Além de poder ser um ponto forte no item atividades extracurriculares da sua application, participar do MUN contribui de várias formas para o seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. 

Inúmeras soft skills, habilidades muito valorizadas pelas equipes de seleção das universidades e de empresas, são desenvolvidas com a participação nesse tipo de evento. E elas são importantes para a sua vida pessoal também.

Relacionamento interpessoal é uma delas. As discussões, dentro e fora do seu grupo, as conversas nos corredores e até fora do evento, são um constante aprendizado no que diz respeito a como se comunicar e se relacionar. Tanto com quem pensa igual a você quanto com quem tem ideias diferentes.

Falar em público, ou oratória, é outra habilidade importante desenvolvida no MUN. Sendo obrigado a discursar, seja para argumentar, informar ou propor ideias, você vai aprender primeiro a criar e organizar este discurso.

Se já sabia fazer isso, certamente vai aperfeiçoar. Vai entender que na hora de falar, o foco deve ser o seu discurso e não o público. Ainda vai aprender a manejar o tempo e transformar o nervosismo em energia, entre outras coisas.

Você vai ver também que um discurso bem preparado e bem lido pode ser melhor que um mal elaborado e feito sem olhar o papel.

No MUN saber trabalhar em grupo também é muito importante. É praticamente certo que você fará parte de uma equipe (delegação) e, com isso, terá que desenvolver um trabalho em conjunto. Existem delegações individuais, que representam países bem pequenos, mas são muito poucas.

Você certamente ainda vai aprender muito sobre o mundo, vai desenvolver habilidades para solução de problemas, para escrita, diplomacia, liderança, autoconfiança e uma potente networking

Como participar do MUN?

No mundo todo, estima-se que mais de 400 eventos de simulação da ONU ou similares aconteçam anualmente, tanto para alunos do Ensino Médio como para universitários. Harvard MUN (do qual escolas brasileiras podem participar), Oxford MUN, Change the World MUN (CWMUN), são alguns deles no exterior.

A HMUN é a mais antiga e ainda a mais prestigiada simulação da ONU hoje no mundo. Ela recebe em Boston, Massachussetts, mais de 4.000 participantes de 50 países, selecionados por um processo de application, que se dividirão em 30 comitês.

Estudantes brasileiros do Ensino Médio podem aplicar para participar, tanto representando sua escola quanto individualmente.  

No Brasil, várias universidades organizam simulação da ONU para alunos do Ensino Médio. Em São Paulo, o Fórum FAAP é um deles. A ONU Jr, criada em 2002, acontece em Niterói (RJ). A PUC-Minas Gerais organiza o MINIONU, que já está na 22a edição, em Belo Horizonte e em Poços de Caldas.

Há vários eventos hoje em diferentes lugares do país. Em alguns, os estudantes podem participar individualmente e em outros, representando sua escola. É importante checar no site do evento como se inscrever.

O Instituto Diplomun organiza vários eventos de simulação da ONU no Brasil, em que os alunos podem participar individualmente. E oferece mentoria para quem tem interesse em participar do HMUN. 

Várias escolas de Ensino Médio no Brasil também organizam seus próprios eventos de simulação da ONU. Se a sua escola ainda não tem esse tipo de evento e você tem interesse, vale a pena propor a criação e até participar dela.

Todo esse envolvimento em atividades extracurriculares relevantes pode ser a diferença na hora da sua aplicação para uma vaga em universidade do exterior.